EDP lucra mais 37% para 180,8 milhões no 1º trimestre - TVI

EDP lucra mais 37% para 180,8 milhões no 1º trimestre

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Os lucras da EDP subiram quase 37% para 180,8 milhões de euros, com o principal contributo a vir da EDP Produção, anunciou a empresa em comunicado.

A EDP registou um resultado líquido de 180,8 milhões de euros no primeiro trimestre de 2004 o que representa um crescimento de 37% face a igual período de 2003, sendo que a EDP Produção foi a empresa que contribuiu mais para esta subida, anunciou a eléctrica em comunicado.

O EBITDA cresceu 16% para 535 milhões de euros, enquanto que o EBIT aumentou 38% para 323,4 milhões de euros.

De acordo com a empresa o crescimento do EBITDA deveu-se «a uma contribuição de 37,7 milhões da EDP Produção, no seguimento da entrada em funcionamento da TER e da transferência da actividade de gestão de energia para a EDPP; a um crescimento de 6,3% no consumo de energia da EDP Distribuição, o que contribuiu para um aumento de 14,3 milhões; e às revisões tarifárias efectuadas no ano passado na Bandeirante e na Enersul, que proporcionaram uma melhoria adicional de 24,1 milhões.»

A empresa refere ainda que «o controlo de custos continua a proporcionar resultados positivos. Os fornecimentos e serviços externos, numa base consolidada, diminuíram 5,6%, enquanto que os custos com pessoal decresceram 3,8% na sequência da introdução do Plano de Racionalização dos Recursos Humanos.»

De acordo com o administrador financeiro da empresa, Rui Horta e Costa, num encontro com jornalistas, «os resultados foram fracamente positivos.»

Segundo o mesmo, o primeiro trimestre já reflecte, não só os primeiros sinais do plano estratégico até 2006, apresentado pela empresa em Dezembro do ano passado, que tem com objectivo principal aumentar a rentabilidade do grupo (através do reforço do core business na Península Ibérica, do crescimento do negócio de geração e da melhoria da eficiência), mas também o facto dos negócios do Brasil e das telecomunicações, «apesar de não serem espantosamente bons deixarem de ser espantosamente maus», disse.

Para além disso, Horta e Costa reforçou a ideia de que a sazonalidade beneficiou as contas da empresa, lembrando que o consumo nos meses de Inverno é diferente do consumo nos meses de Verão (principalmente o mês de Março) e que por isso «o 1º trimestre, tal como o 4º são os de maior consumo.»

A melhoria da eficiência fiscal foi, segundo o responsável outros dos factores a ter em conta nestes resultados.

No primeiro trimestre as receitas operacionais consolidadas aumentaram 8,5%, para 1,79 mil milhões de euros.

Investimento cai 20% para 143,3 milhões

O investimento operacional do Grupo EDP ascendeu a 143,3 milhões no primeiro trimestre de 2004, o que representa um decréscimo anual de 20. O investimento operacional da EDPP caiu 79% no período em análise, no seguimento de uma forte redução do investimento na TER.

No final do primeiro trimestre a dívida financeira do Grupo EDP ascendia a 7.362,5 milhões de euros. Em comparação com Dezembro de 2003, a dívida financeira do Grupo EDP apresentou uma queda de 130,3 milhões, tendo a holding reduzido o seu nível de endividamento em 160,8 milhões em resultado do cash flow gerado ao nível operacional.

Revisões tarifárias beneficiam negócio do Brasil

As operações no Brasil apresentaram uma performance notável ao nível do EBITDA devido às revisões tarifárias da Bandeirante e Enersul (Outubro e Abril de 2003,

respectivamente), permitindo um melhor retorno do capital investido.

O crescimento homólogo do consumo de quase 5% nestas empresas também contribuiu positivamente. A próxima revisão tarifária da Escelsa será em Agosto de 2004, sendo esperada uma melhoria operacional a partir dessa data.
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