Na segunda-feira, o presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, apontou várias críticas ao Governo sobre a forma como tem conduzido o processo de implementação do Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL), garantindo que a empresa irá sair do mercado liberalizado de energia, por falta de condições competitivas para operar.
O também responsável da Sodesa (distribuidora da Endesa e Sonae) disse, aliás, que «a empresa está a perder milhões todos os dias» por não ter condições para comprar electricidade no mercado vizinho a bons preços.
Um constrangimento que, segundo o mesmo, se deve ao congestionamento das interligações entre os dois mercados da Península Ibérica que piorou, com a entrada em vigor a 1 de Julho passado, das novas regras do MIBEL, que no entender de Nuno Ribeiro da Silva, só favoreceram a EDP.
«MIBEL não está atrasado»
Esta terça-feira, Manuel Pinho reage, afirmando que «a Endesa não tem razão».
«Portugal tem uma legislação de energia mais avançada do que Espanha e em Portugal não se sobem as tarifas só porque uma empresa espanhola, neste caso a Endesa, quer», esclareceu à margem do Lisbon Energy Fórum 2007.
O governante reafirmou ainda que o «MIBEL é um processo que envolve muitos países, mas não está atrasado».
Pinho diz que Endesa «não tem razão» para sair de Portugal
- Carla Pinto Silva
- com Mónica Freilão
- 2 out 2007, 11:15
O ministro da economia já reagiu ao anúncio da saída da Endesa do mercado liberalizado português.
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