IC9: Quercus apela à preservação do sobreiro - TVI

IC9: Quercus apela à preservação do sobreiro

Ambiente

Organização alerta para a minimização dos impactes da nova via rápida que atravessa extensas áreas de montado de sobro

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A associação ambientalista Quercus apelou esta quarta-feira para a «minimização dos impactes» em «extensas áreas de montado de sobro», tendo em vista a construção do Itinerário Complementar 9, entre Abrantes e Ponte de Sôr, refere a Lusa.

Em comunicado, a Quercus anuncia a emissão de parecer desfavorável à alternativa 1 do trecho 3, durante a consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do IC9, que terminou na terça-feira, «alertando para a minimização dos impactes desta nova via rápida que atravessa extensas áreas de montado de sobro, na charneca ribatejana e alentejana».

«A Quercus considera que não é aceitável que a entidade proponente do projecto, seja a própria entidade licenciadora (Estradas de Portugal, Sociedade Anónima), quando esta deveria ser uma entidade da Administração Directa do Estado», revela o comunicado, referindo que a via afecta «zonas florestais de produção de madeira e cortiça», em «extensas áreas de povoamentos de sobreiro».

De acordo com os ambientalistas, o EIA «não tem um inventário que permita ponderar devidamente a afectação dos valores naturais presentes, nomeadamente com a falta da identificação das áreas de povoamento de sobreiros de cada alternativa», salientando que esta indicação «é essencial para o cumprimento da legislação de protecção ao sobreiro».

A Quercus identifica, entre as zonas cujos impactos devem ser minimizados, a «travessia do Rio Tejo a jusante de Abrantes e também na freguesia da Bemposta, concelho de Abrantes».

Alternativas para o traçado

«A via rápida prevê atravessar áreas sensíveis de montado de sobro e cabeceiras de linhas de água junto da Ribeira do Pereiro e encostas da Ribeira do Casalão, próximas da aldeia da Chaminé, onde existem densos sobreirais com elevada diversidade biológica, os quais deverão ser conservados», sugerindo que «a Sul da Bemposta», a via «deverá entroncar na EN2, próximo do km 423, na zona de Lagoa de Campanha, seguindo até ao final do lanço em Foros de Domingão, com traçado sobreposto à EN2, afectando assim menores áreas de montado em produção, minimizando as alterações do relevo, e apresentando como tal, custos de obra menos elevados».

Os ambientalistas consideram ainda «essencial o ajustamento na alternativa 3 do trecho 4, para junto da EN2, a Sul da Bemposta, para que possam realmente ser minimizados os impactes deste IC».
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