Para Warren Buffett, um dos homens mais ricos do Mundo, a Freddie Mac e a Fannie Mãe chegaram «ao fim da linha».
O multimilionário considera, numa entrevista à «CNBC», que as duas empresas, que são das maiores do ramo de crédito nos EUA, «já não têm qualquer valor líquido». Por isso mesmo, a sua existência independente está posta de parte. É «o fim do jogo», disse.
Buffett aponta também o dedo ao Governo Federal dos EUA, que passou «um cheque em branco» às duas instituições, ao não lhes impor «qualquer restrição para a atribuição de crédito» aos respectivos clientes. Diz o multimilionário que as duas empresas apenas se mantêm de pé por terem o apoio do Governo.
Recorde-se que as duas empresas entraram em graves dificuldades na sequência da crise do crédito hipotecário de alto risco. Ambas as entidades emprestaram dinheiro a clientes cuja situação financeira era já frágil. Os investidores temem agora que seja necessária a intervenção das autoridades norte-americanas para impedir a sua falência, o que poderia acabar por levar à nacionalização das mesmas.
As acções têm sofrido as consequências dos rumores, que apontam para a marcação de uma reunião entre os responsáveis da Freddie Mac da Fannie Mae com responsáveis do Tesouro, com vista a traçar uma estratégia para salvar as duas empresas. As acções da Fannie Mae atingiram já o valor mais baixo desde 1988, nos 3,95 dólares. Por seu lado, a Freddie Mac atingiu também o mínimo desde 1990, nos 2,95 dólares.
Warren Buffett vaticina fim da Fannie Mae e Freddie Mac
- Redação
- PGM
- 22 ago 2008, 16:00
Empresas já não têm valor líquido e não podem sobreviver de forma independente
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