Fed admite menos crescimento e assinala novo corte dos juros - TVI

Fed admite menos crescimento e assinala novo corte dos juros

Ben Bernanke

Analistas esperam nova descida do preço do dinheiro em Março, de 50 pontos base

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O presidente da Reserva Federal norte-americana, Ben Bernanke, que falou esta quinta-feira perante o Senado, admitiu uma deterioração das perspectivas económicas devido à crise do sector financeiro, assumindo mesmo a possibilidade de que a desaceleração seja pior do que se esperava.

O responsável prevê um período de crescimento lento da maior economia do Mundo, seguido por uma fase de retoma na segunda metade do ano. Uma recuperação que o banco central pretende apoiar, através de medidas, anunciou.

De acordo com o presidente da Reserva Federal, existe a possibilidade de o mercado imobiliário e laboral se deteriorem mais do que o previsto e que as condições de acesso ao crédito se tornem substancialmente mais rígidas.

Declarações que os analistas já interpretaram como um sinal de que a Fed pode vir a baixar ainda mais as taxas de juro na sua próxima reunião, marcada para 18 de Março.

A Comissão da Fed «vai avaliar cuidadosamente a informação que for sendo conhecida e que tenha impacto nas perspectivas económicas, e actuará atempadamente da forma que achar necessário para apoiar o crescimento e proporcionar uma cobertura adequada frente aos riscos existentes», afirmou Ben Bernanke.

Descida colocaria juros dos EUA 150 pontos abaixo da Zona Euro

Recorde-se que a Reserva Federal cortou por duas vezes as taxas de juro em apenas oito dias, num total de 125 pontos base, para 3%. Os mercados de futuros estão já a contar com mais uma redução de pelo menos 50 pontos base em Março.

A acontecer, os juros dos EUA ficarão nos 2,5%, bem abaixo da taxa praticada na Zona Euro (4%), e que o Banco Central Europeu (BCE) não deverá, de acordo com os especialistas, baixar antes de meados do ano.

No que se refere à inflação, o responsável destaca a subida brusca do preço do petróleo no último ano, assim como um aumento «excepcionalmente rápido» dos preços dos alimentos. No entanto, a desvalorização do dólar deverá favorecer as exportações, pelo que o responsável confia que a taxa de inflação se mantenha controlada.
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