Portugal entre os países que mais baixou impostos sobre empresas

Segundo um estudo da consultora internacional Ernst&Young, a descida da carga fiscal sobre as empresas foi de 21,9%, devendo continuar em 2007, com a taxa nominal máxima a atingir 26,5% em virtude das alterações introduzidas na Derrama.

Contudo, foi em países com uma taxa de IRC já baixa, como a Irlanda, Polónia ou República Checa, que estas reduções foram mais significativas, sendo, respectivamente, de 47,9%, 36,7% e 22,6%.

«A necessidade de atrair novos investimentos e capital global, por um lado, e de, num contexto de crescente envelhecimento populacional, garantir a sustentabilidade do Estado, por outro», assegura a consultora, «colocam as nações mais desenvolvidas e globalizadas sob forte pressão financeira». E, «uma vez que muitas multinacionais continuam a deslocalizar as suas operações e respectivas sedes tributárias para países com níveis mais baixos de tributação, como a Irlanda ou a Suíça», relembra João Sousa, Partner da Ernst & Young Portugal, o estudo mostra que «o caminho dos países também deve passar pela atenção das respectivas Administrações Tributárias para estes desafios internacionais».

«Apesar do acréscimo na cooperação internacional entre autoridades fiscais, esse acréscimo não implica, necessariamente, uma simetria na forma como a informação trocada é coligida e utilizada», assegura ainda o estudo.