Negócios da China em Portugal - TVI

Negócios da China em Portugal

Negócios da China

Numa altura em que o primeiro-ministro português está de visita à China, a «Agência Financeira» mostra-lhe um retrato da crescente comunidade chinesa em Portugal.

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Esta é, talvez, a comunidade estrangeira mais empreendedora. Ao contrário do que acontece com imigrantes de outras nacionalidades, os chineses não vêm à procura de trabalho na construção civil nem nas limpezas. O seu objectivo é claro: criar um negócio próprio. Depois da «moda» dos restaurantes chineses, e dos armazéns de revenda, o negócio do momento são as «lojas chinesas», cujo sucesso é inquestionável.

Segundo estimativas da Liga dos Chineses de Portugal, no nosso País existem cerca de 15 mil chineses, quase o dobro dos que estão registados no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que são perto de 9 mil. A grande maioria tem como terra natal Zhenjiang, zona oriental da China.

A Liga estima que os «negócios da China» em Portugal dão emprego a perto de 20 mil pessoas, das quais apenas quatro mil são portuguesas.

Além de cerca de meio milhar de restaurantes, os chineses têm perto de três centenas de armazéns e mais de duas mil lojas em Portugal, sendo que muitos destes negócios são familiares, empregando, por isso, vários membros de uma mesma família.

O sucesso das lojas chinesas tem vindo a crescer e as razões são óbvias: além da crise, que torna os preços baixos extremamente atractivos, estes estabelecimentos têm horários «amigos dos consumidores», já que estão abertos quase sempre ao fim-de-semana, quando o tempo para as compras é maior.

Os preços baixos só são possíveis porque a mercadoria é, mais uma vez, chinesa e importada directamente do seu país de origem, onde tudo é mais barato. Além disso, estes comerciantes são «pouco gananciosos» e, segundo garantem as pessoas do sector, ficam com margens de lucro mais baixas do que os comerciantes portugueses, por exemplo. Entre os chineses as margens oscilam entre um mínimo de 5% e um máximo de 25%, quando nos estabelecimentos portugueses chegam a atingir os 50%.
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