Esta alteração é justificada, pelos analistas, pela actualização do modelo das somas das partes (SoP) para o final do ano 2006 e à queda da curva de taxas de juros. Tendo tido um ano de 2005 algo difícil, segundo a Lisbon Brokers, marcado pela queda das margens de lucro no Brasil e o aumento da concorrência em Portugal, pensam que o ano de 2006 irá ser um ano de transição para o grupo PT. A corretora adianta, ainda, que apesar deste cenário implicar um aumento da volatilidade dos títulos, a PT continua a ser um dos seus Top Picks para 2006.
Segundo os analistas, poderá existir em Portugal um cenário em que os investidores privados domésticos se «revoltem» contra a empresa e o Estado, procurando o suporte de um fundo de Venture Capital estrangeiro ou um grupo de fundos estrangeiros para lançar uma OPA sobre a empresa, para melhor extrair valor da soma das partes através da venda de alguns dos seus componentes. «Este cenário não está sem precedente, estando mesmo agora a desenrolar-se algo parecido na Dinamarca com o TDC. Por outro lado, se os investidores entraram mesmo em ruptura com a nova administração, poderá haver mesmo a hipótese destes accionistas optarem por vender as suas participações», adiantam.
Deste modo, e apesar do aumento do preço alvo, mantêm a sua recomendação de «manter», «dada a incerteza que paira sobre a empresa, considerando que irão existir excelentes oportunidades de trading nos títulos da Portugal Telecom ao ritmo que estas incertezas são clarificadas», justificam.
As acções da Portugal Telecom encerraram hoje a perder 1,62% para os 8,50 euros, obtendo um potencial de valorização de 29,4%.
![Lisbon Brokers sobe preço alvo da Portugal Telecom - TVI Lisbon Brokers sobe preço alvo da Portugal Telecom - TVI](https://img.iol.pt/image/id/2262/400.jpg)
Lisbon Brokers sobe preço alvo da Portugal Telecom
- Redação
- MD
- 17 jan 2006, 17:32
![Portugal Telecom](https://img.iol.pt/image/id/2262/1024.jpg)
A Lisbon Brokers aumentou o seu preço alvo para as acções da Portugal Telecom para os 11 euros por cada título, dos anteriores 9,10 euros, uma subida de 21%. Mesmo assim, a corretora manteve a sua recomendação de «manter» para as acções da telecom portuguesa.
Continue a ler esta notícia