Portugal Telecom lucra 210,9 milhões de euros no 1º trimestre - TVI

Portugal Telecom lucra 210,9 milhões de euros no 1º trimestre

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A Portugal Telecom lucrou 210,9 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um crescimento de 15,6% face ao período homólogo, foram os resultados hoje divulgados pela empresa, antes da abertura do mercado.

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De acordo com o comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no primeiro trimestre de 2006, os proveitos operacionais totalizaram 1.566 milhões de euros, com crescimento de 0,5% na base de clientes de rede fixa e de mais de 10% na rede móvel. Estes valores foram impulsionados pela contribuição da PTM e da Vivo para os proveitos operacionais consolidados. Os proveitos operacionais da rede fixa e da TMN foram influenciados negativamente pelo impacto da redução das tarifas de interligação, nos montantes de 9 milhões de euros e 21 milhões de euros, respectivamente. Excluindo estes impactos, os proveitos da rede fixa teriam diminuído 2,3% no primeiro trimestre de 2006, face ao período homólogo de 2005, enquanto que os da TMN teriam aumentado 0,9%.

O EBITDA foi de 587 milhões de euros, uma diminuição de 5,1% face a igual período do ano anterior e equivalente a uma margem de 37,5%. A redução de 32 milhões de euros no EBITDA é resultado do impacto negativo da redução das tarifas de interligação (11 milhões de euros) e pela reversão de uma provisão relativa a uma conta a receber da Angola Telecom (23 milhões de euros) em 2005. Excluindo estes dois impactos, o EBITDA teria aumentado 0,4% no primeiro trimestre de 2006, face a igual período do ano anterior.

O EBITDA menos Capex totalizou 425 milhões de euros. O resultado líquido do período foi de 211 milhões de euros, representando um aumento de 15,6% face a igual período do ano anterior.

Quanto às receitas, atingiram os 1.565,6 milhões de euros, contra 1.452,1 milhões, no período homólogo. Ainda a margem de EBITDA desceu para os 37,5 pontos percentuais (p.p.) contra 42,6 p.p., no período homólogo anterior.

O free cash flow aumentou de 22 milhões de euros no primeiro trimestre de 2005 para 73 milhões de euros no primeiro trimestre de 2006, principalmente devido ao aumento do cash flow operacional e à redução dos pagamentos relativos a benefícios de reforma, em resultado de custos mais elevados com o programa de redução de efectivos no primeiro trimestre de 2005.

A dívida líquida manteve-se estável, totalizando 3.678 milhões de euros no final do primeiro trimestre de 2006. O free cash flow de 73 milhões de euros gerado no período foi compensado por: contratos de equity swap sobre 7,4 milhões de acções da PT, celebrados no primeiro trimestre de 2006, com um valor nocional de 62 milhões de euros; e o efeito de 17 milhões de euros da conversão cambial da dívida, maioritariamente relativa a dívida denominada em reais.

Exposição ao Brasil acentua-se

A exposição líquida ao Brasil situou-se em 7.607 milhões de reais, ou 2.881 milhões de euros à taxa de câmbio euro/real de 31 de Março de 2006. No final do primeiro trimestre de 2006, os activos denominados em reais no balanço consolidado da PT representavam aproximadamente 35% do total do activo, e a proporção da PT na dívida líquida da Vivo ascendia a 659 milhões de euros.

Em 21 de Abril de 2006, os accionistas da PT aprovaram a distribuição de um dividendo de 0,475 euros por acção, relativo a 2005, representando um crescimento de 35,7% face ao ano anterior. O respectivo pagamento irá ocorrer no próximo dia 19 de Maio. Na mesma Assembleia-geral, os accionistas aprovaram um aumento de capital no montante de 338.656.950 euros, por incorporação de prémios de emissão, reserva legal e reserva especial de cancelamento de acções próprias. Os accionistas aprovaram ainda, em Assembleia-geral, uma redução de capital para 395.099.775 euros, mediante a redução do valor nominal da totalidade das acções representativas do capital social, ficando, em consequência, cada acção a ter o valor nominal de 35 cêntimos de euro.

Após a conclusão desta redução de capital, a qual terá ainda de ser efectuada, as reservas distribuíveis da PT deverão aumentar em aproximadamente 1.072 milhões de euros. As reservas distribuíveis pró forma ascenderam a 1.246 milhões de euros no final de Março de 2006.
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