Patrões querem fim do IRC para microempresas

O presidente da Confederação da Industria Portuguesa (CIP) defendeu esta quinta-feira o fim do pagamento do IRC para empresas com uma facturação inferior a 500 mil euros.

Perante uma audiência de técnicos oficias de contas, Francisco Van Zeller justificou a proposta dizendo que «o peso do IRC das pequenas e médias empresas na colecta total é muito pequeno», e, por isso, «esta é uma medida que pode ajudar as PME».

Em contrapartida, o porta-voz do sector industrial propõe que estas empresas pagariam «uma licença», destinada a compensar a isenção deste imposto, que «teria um valor único, dividido por escalões».

Para Francisco Van Zeller, o principal desafio das PME «não é a precariedade ou a falta de emprego», mas antes «as exigências da União Europeia para se defenderem dos países emergentes», como as regras de segurança da indústria química ou da higiene alimentar.

A juntar ao tempo dispendido a tratar das «exigências burocráticas, gestão de problemas menores com o pessoal, inspecções e processos consequentes que ocupam imenso tempo aos gestores», assim como «ao tempo dispendido para o pedido ao QREN e, depois, do seguimento das regras para a obtenção das ajudas».

O presidente da CIP lançou, ainda, o apelo aos Governos três tipos de ajudas para solucionar a crise: apoio directo às empresas, investimento público para a criação de emprego e a intervenção directa mas limitada no tempo (como a redução da taxa social única).