CDS quer mais explicações sobre os Kamov - TVI

CDS quer mais explicações sobre os Kamov

  • Portugal Diário
  • 24 set 2007, 09:51

Nomeadamente sobre a certificação da empresa que irá gerir os aparelhos bem como sobre a missão que estes irão desempenhar

O CDS-PP pediu esta segunda-feira mais esclarecimentos ao Ministério da Administração Interna e ao Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) sobre os helicópteros Kamov comprados pelo Estado em 2006 para combater incêndios.

Depois de ter requerido uma audição parlamentar com o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, sobre esta matéria - que se realizou a 28 de Agosto - o CDS vem agora exigir mais esclarecimentos sobre a certificação da empresa que irá gerir os aparelhos bem como sobre a missão que estes irão desempenhar.

«Foi ou não e quando solicitada a certificação da EMA (Empresa de Meios Aéreos)?», questiona o CDS-PP, em requerimento entregue na Assembleia da República, assinado pelo deputado Hélder Amaral.

Segundo o deputado democrata-cristão, o ministro anunciou na audição parlamentar que iria pedir a certificação da EMA nessa semana. «Queremos saber se se confirma ou não esse pedido de certificação, não vá haver mais algum atraso», sublinhou.

O actual Governo criou a EMA para gerir a frota aérea adstrita às missões de combate a incêndios, protecção civil e segurança interna, mas esses meios poderão no futuro ser rentabilizados em fins comerciais.

O CDS quer ainda saber junto do INAC, entidade que atribui as licenças, e do Governo, qual o tipo de certificação solicitada. «Queremos saber se foi solicitada uma licença para uso comercial ou meramente para uso do Estado», explicou.

De acordo com Hélder Amaral, quando o Governo anunciou a aquisição destes aparelhos - era António Costa o ministro da Administração Interna - garantiu que «os aparelhos se iriam pagar a si próprios», através de uma utilização comercial, fora do período de combate a incêndios.

«Mas se os aparelhos forem considerados apenas para uso do Estado essa utilização comercial não será possível», avisou, considerando que, se se confirmar este cenário, «os aparelhos não se pagam a si próprios e o Governo mentiu aos portugueses».
Continue a ler esta notícia