Governo vai despedir sem justa causa - TVI

Governo vai despedir sem justa causa

  • Portugal Diário
  • 10 abr 2007, 16:20

Sindicato classifica de «irracionais» e «insensíveis» medidas de reestruturação na função pública

O Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores (FPSA) acusa o Governo de estar a proceder a despedimentos colectivos sem justa causa e saneamento político no âmbito do quadro de mobilidade especial.

«Temos de dar uma resposta de rejeição aos despedimentos colectivos sem justa causa e, nalguns casos, de saneamentos políticos», disse hoje à Lusa um dos dirigentes sindicais no Algarve, José Lucas.

No âmbito da iniciativa sindical «terça-feira de luto», cujo objectivo é combater as medidas governamentais de reestruturação na função pública optando por ir trabalhar vestido com uma peça negra, o dirigente sindical anuncia que esta quinta-feira os trabalhadores da Direcção Regional de Agricultura do Algarve vão sair em caravana para mais uma acção de luta.

Os trabalhadores vão sair em caravana de automóveis pela EN 125 do sítio do Patacão (arredores da cidade) até ao centro de Faro, passando pelo Hospital Distrital e Governo Civil.

Classificando de «irracionais» e «insensíveis» as atitudes e medidas de reestruturação na função pública do Governo de José Sócrates, o dirigente sindical José Lucas indica que os auxiliares agrícolas «são os mais afectados», e adianta o caso de um trabalhador que está de baixa médica e hospitalizada e poderá vir a ser notificada.

«A confirmar-se a notificação no próprio hospital do Barlavento, o facto revela irracionalidade do Governo», diz José Lucas, criticando a «total falta de sensibilidade».

Dos actuais 278 funcionários da Direcção Regional de Agricultura do Algarve ficarão 191, incluindo os efectivos a transitar dos serviços regionais do IFADAP e das pescas e excluídos os dirigentes.

Os trabalhadores da direcção regional algarvia foram segunda-feira, dia 02, notificados pessoalmente, com a entrega de uma lista dos que são «reafectos» aos organismos, pelo que se mantêm em funções, e dos que passam a disponíveis.
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