O mapa alterado em que Trump põe o furacão a passar no Alabama - TVI

O mapa alterado em que Trump põe o furacão a passar no Alabama

Donald Trump

O presidente dos Estados Unidos havia dito que o Dorian ia afetar uma grande extensão do Alabama. Dizem os críticos que, para não ficar mal na fotografia, mostrou um mapa diferente do real, com uma trajetória do furacão no mínimo estranha

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mostrou, esta quarta-feira à tarde, um mapa onde mostra um mapa que ilustra a potencial trajetória do furacão Dorian incluindo uma larga extensão do estado do Alabama. Nada de anormal, se Trump não garantisse que aquele era o mapa original e haver outro, divulgado pela Casa Branca na semana passada, que mostrava uma rota diferente do furacão, não incluindo o Alabama.

Este é o mapa original e vocês podem ver que não vai atingir apenas a Florida, mas também a Georgia. Ele mudou de rota. E, em última instância, esperamos ter sorte. Depende do que acontecer na Carolina do Sul e na Carolina do Norte”, disse.

O mapa do instituto meteorológico dos EUA mostra, além do gráfico, uma linha desenhada à mão com um marcador preto, a rodear um pedaço do Estado do Alabama.

De acordo com a CNN, antes do briefing, houve uma discussão na sala oval sobre a possibilidade de o Dorian assumir proporções piores do que as inicialmente previstas. Um dos assessores usou um marcador preto para estender a linha de passagem do furacão ao Sudeste do Alabama. Tratava-se apenas de um rascunho e não era suposto fazer parte da apresentação do presidente. Porém, Trump terá mudado de ideias a meio do briefing e mostrou-o aos jornalistas.

Mapa original que mostra a possível trajetória do Dorian, divulgado ao 29 de agosto

Durante o curso da tempestade, Trump disse várias vezes, de forma alegadamente errada, que o Alabama estava na rota do furacão. Declarações que obrigaram os meteorologistas a esclarecer que aquele Estado não estava na rota do Dorian.

A hipótese de o próprio Trump ter alterado o mapa, para sustentar o seu alegado erro, é agora colocada pelos órgãos de informação norte-americanos e pelos críticos do presidente. O certo é que, geograficamente, será difícil um furacão atingir simultaneamente a Florida, as Carolinas do Norte e do Sul e o Alabama.

O presidente responde aos críticos no Twitter. Assegura que o Alabama ia mesmo ser atingido, mas acabou por tomar uma trajetória diferente. "As Fake News sabem disso muito bem. É por isso que são Fake News!", escreveu, na sua conta oficial, já esta quinta-feira. 

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