Henrique Granadeiro: «PT só compra Vivo, não vende»

Henrique Granadeiro frisou que foi a Telefónica que ficou vencida na Oferta Pública de Aquisição (OPA), por isso não será a PT «a pagar o desalinhamento» da operadora espanhola com a administração.

«O projecto que perdeu (da Sonaecom) previa a venda do negócio no Brasil. Se alguém se sentir desconfortável que venda», sublinhou o presidente da PT. Além disso, «a Vivo tem hoje resultados espectaculares», fruto de um «grande esforço». «Agora que dei a volta à Vivo é que me perguntam quando é que a vendo?»

Questionado sobre a possibilidade dos dois grupos se manterem juntos no controlo da Vivo, Granadeiro respondeu afirmativamente, acrescentando que «nenhum dos grupos pode fazer birras e desvalorizar a Vivo. Não há opção de estar bem ou mal, há uma obrigação comum».

A operadora informou ontem o mercado de capitais que os contactos preliminares com a brasileira Telemar cessaram. Contudo, o presidente da PT reiterou que continua interessado em reforçar o negócio no Brasil, sendo este um mercado estratégico. «Quando houver novas oportunidades iremos analisá-las, o que é estratégico é o crescimento», disse.

Entretanto, a Telefónica anunciou ontem que planeia investir mais de 10 mil milhões de euros na América Latina até 2009.

Relativamente à entrada de Daniel Proença de Carvalho, para o lugar de chairman da PTM, Henrique Granadeiro sustentou que renunciou ao cargo «voluntária e inesperadamente em favor de um processo (de separação da PTM face à PT) mais transparente». Com esta decisão, juntamente com a existência de comissão de autoria «independente e eleita pelos accionistas, o spin-off não podia ser mais transparente».