Governo explica razões para encerramento da Yazaki e Delphi - TVI

Governo explica razões para encerramento da Yazaki e Delphi

Fábrica da Delphi fecha dentro de um ano

ICEP e IAPMEI têm acompanhado evolução das duas unidades

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Por decisão das respectivas casa-mãe, foi anunciado, no passado dia 4 de Abril, o encerramento da unidade industrial da Delphi, em Ponte de Sor, com efeitos programados até ao final do 1º trimestre de 2009 e a descontinuidade da produção de cablagens na unidade industrial da Yazaki, em Vila Nova de Gaia, com efeitos até 30 de Abril.

Segundo o comunicado do ministério da Economia , no que diz respeito à Delphi, são invocadas três razões essenciais: a situação de falência da Delphi nos EUA, o processo de reestruturação da Grupo à escala mundial, com alienação de algumas áreas de negócios, entre as quais, parte substancial das localizadas em Ponte de Sor; a perda de rentabilidade das exportações de mais de 50 por cento da produção desta filial, que se destina ao mercado norte-americano, face à valorização do euro em relação ao dólar.

Quanto à Yazaki, aponta-se «a conjuntura económica mundial e a constante pressão para a redução de custos na indústria automóvel», que «tem contribuído para acentuar as dificuldades vividas neste sector» de cablagens, como a principal razão para a descontinuidade da produção do modelo M59.

Executivo diz que actua em vários planos

O Governo, a AICEP e o IEFP têm acompanhado de perto a evolução destas duas unidades industriais, actuando em vários planos: num primeiro plano, através de diligências junto das casa-mãe, num segundo plano e quanto à Delphi, fazendo o «procurement» de potenciais comparadores da unidade industrial de Ponte de Sor e num terceiro plano, face a inevitabilidade de despedimentos, actuando por forma a minimizar os efeitos sociais daí decorrentes.

Anunciados os despedimentos, o ministério da Economia e da Inovação e o ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, informam que, em contexto de grande proximidade local, respectivamente através do IEFP e do IAPMEI, irão fazer o acompanhamento dos trabalhadores afectados pelo desemprego, orientando a sua acção em dois sentidos complementares: formação profissional e ajuda à criação de empresas, ao abrigo dos instrumentos de apoio ao empreendedorismo.

Para o efeito, serão instaladas duas unidade de acolhimento (uma em Gaia e outra em Ponte de Sor), com técnicos do IEFP e do IAPMEI e disponibilizados recursos regionalmente orientados para a criação de empresas e, em paralelo, está a ser estudada a viabilidade de apresentação de uma candidatura ao Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização, sob gestão da Comissão Europeia.
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