Greve: adesão nos 80 por cento, sindicatos - TVI

Greve: adesão nos 80 por cento, sindicatos

  • Portugal Diário
  • 30 mai 2007, 13:25

Escolas, centros de saúde, tribunais e câmaras paradas um pouco por todo o país

A greve geral de hoje está a ter uma adesão média global de 80 por cento na função pública, o que levou ao encerramento de escolas, centros de saúde, tribunais e serviços autárquicos um pouco por todo o país, divulgaram os sindicatos que marcaram a paralisação, noticia a Lusa.

A coordenadora da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (CGTP), Ana Avoila, disse à agência Lusa que, embora os dados não sejam ainda definitivos, porque continuam a receber números relacionados com a adesão nos vários serviços públicos, mostram claramente que a adesão à greve não é inferior à última realizada.

«A adesão global à greve não é inferior à greve que fizemos na administração pública em Novembro, pelo contrário, nalguns casos é superior, apesar da precariedade que tem vindo a aumentar desde então», disse a sindicalista.

Ana Avoila salientou o caso da Direcção-geral de Viação, com uma adesão de 80 por cento, «a maior de sempre desde o 25 de Abril». Este organismo vai ser extinto a partir de sexta-feira, dando origem à criação da Alta Autoridade para a Presença Rodoviária e ao Instituto de Prevenção Rodoviária.

Os sindicatos temem que esta reestruturação coloque em situação de mobilidade especial algumas centenas de trabalhadores dado que os dois novos organismos vão integrar, respectivamente, 200 e 400 trabalhadores, enquanto que a direcção-geral extinta tem 1.100 trabalhadores.

Ana Avoila salientou ainda o facto de a adesão à greve ter sido superior, desta vez, nos serviços centrais dos ministérios. Para o presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Bettencourt Picanço, a adesão global média à greve na função pública varia entre os 70 e os 80 por cento.

«Apesar da precariedade e da coacção exercida nos vários serviços, os trabalhadores deram a resposta que esperávamos ao Governo, para que ele altere as propostas negociais que apenas tem como objectivo a retirada de direitos aos trabalhadores e a precarização dos vínculos laborais», disse o sindicalista.

Segundo Bettencourt Picanço, os efeitos da greve são mais evidentes no Instituto Nacional de Meteorologia (com uma adesão superior a 80 por cento), nos Serviços de Reinserção Social (mais de 80 por cento e muitas equipas a 100 por cento), na Direcção-geral das Alfândegas, na Universidade de Lisboa, no Instituto Superior Técnico e nalgumas autarquias (nomeadamente Lisboa).
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