A moção de confiança, a segunda em mês e meio, foi aprovada por unanimidade pelos 85 deputados presentes, que ao longo de todo o dia discutiram a situação política do país.
A votação decorreu pelas 22:00 (23:00 em Lisboa).
"Mais uma vez, o parlamento mostrou o seu compromisso inequívoco para com a estabilidade do país", referiu Cipriano Cassamá, depois de aprovada a moção de confiança.
Sobre o alerta que lançou na quarta-feira, Cipriano Cassamá considerou que não cometeu "nenhuma inconfidência" ao levar para o debate parlamentar a conversa que manteve com o Presidente e após a qual alertou para a possibilidade de José Mário Vaz derrubar o Governo.
"Fi-lo em nome da estabilidade", concluiu.
O primeiro-ministro Domingos Simões Pereira acusou hoje o Presidente José Mário Vaz de querer provocar uma crise a todo custo, sem justificações válidas, para destituir o Governo e disse que ia lutar com todos os mecanismos possíveis para evitar a instabilidade.
José Mário Vaz ainda não prestou declarações sobre o assunto e adiou, sem data, a reunião do Conselho de Estado que estava marcada para hoje ao fim da tarde.
Em frente ao Palácio da Presidência decorre esta noite uma vigília de apoio ao Governo, promovida por organizações da sociedade civil e em que participam algumas dezenas de pessoas.