Schettino, que ganhou a alcunha de «Capitão Cobarde», foi acusado de homicídio involuntário e de ter abandonado o navio quando os passageiros da embarcação estavam em pânico, à espera de um resgate.
O Ministério Público tinha pedido uma pena de 26 anos, mas a Justiça italiana acabou por decretar menos 10 anos de prisão.
A decisão foi declarada depois de Schettino ter dito que era vítima de uma «perseguição mediática», antes de se desfazer em lágrimas perante o tribunal.
«Ser perseguido durante três anos pelos media torna difícil definir como vida aquilo por que estou a passar.»
Os media e a acusação responsabilizaram totalmente o ex-comandante pelo naufrágio «sem respeito pela verdade e pela memória das vítimas», afirmou, pouco antes de começar a chorar e interromper a sua declaração.
As vítimas do desastre já reagiram ao veredicto, celebrando a decisão do tribunal. O advogado das vítimas declarou que a tragédia provocou graves efeitos psicológicos aos passageiros.
O naufrágio do «Costa Concordia» ao largo de Itália, há três anos, causou 32 mortos. O paquete naufragou em janeiro de 2012, depois de chocar com um rochedo, na costa da ilha de Giglio, ao largo da Toscânia.