“Somos sensíveis às preocupações dos nossos aliados turcos sobre a segurança das suas fronteiras e iremos discutir nas próximas semanas se há algumas medidas adicionais de precaução que os aliados devam tomar para assegurar que não ponham em causa a integridade das fronteiras da Turquia que são as fronteiras da NATO.”
O secretário-geral adjunto da NATO falava em conferência de imprensa após participar no Fórum Internacional de Indústria, que decorreu num hotel em Lisboa.
Questionado sobre se a Organização do Tratado do Atlântico Norte irá tomar algumas medidas para reforçar as fronteiras da Turquia, Alexander Vershbow destacou que existem duas violações do espaço aéreo, dias 3 e 4 de outubro, da Turquia e considerou que é hoje claro que “os objetivos da Rússia e das suas operações na Síria e os objetivos da coligação internacional anti-ISIS [grupo autodenominado Estado Islâmico] não são os mesmos”.
“Isso aumenta os riscos de os incidentes ficarem fora de controlo”, admitiu, reforçando no entanto que a “NATO não está envolvida nas operações militares na Síria, que estão a ser lideradas pela coligação anti-ISIS, encabeçada pelos EUA”.
Na sua intervenção, na abertura do Fórum, Alexander Vershbow defendeu a necessidade de a NATO aprofundar a “transparência das relações com a Rússia”, país que classificou como “imprevisível”.
O número dois da NATO considerou que os países aliados “precisam de uma estratégia de longo prazo” e de “cooperar mais e melhor” entre si, bem como de melhorar as relações entre a União Europeia e a NATO, “referência de estabilidade numa época tão imprevisível”.