O Presidente da República de Timor-Leste está «sensibilizado com o povo português» e «preocupado com o povo timorense» e quer «saber tudo» sobre o atentado de que foi vítima, segundo uma declaração enviada à Agência Lusa através de um familiar.
Na sua primeira declaração à imprensa após o ataque de 11 de Fevereiro, em que foi atingido a tiro, José Ramos-Horta comunicou a intenção de «saber tudo a fundo sobre o que se passou, levando a investigação até ao fim».
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José Ramos-Horta declarou à Lusa, através do seu cunhado João Carrascalão, a partir do Hospital Real de Darwin, Austrália, que está «muito sensibilizado e agradecido com o povo português e muito preocupado com o povo timorense».
O chefe de Estado timorense agradece em especial ao Presidente Cavaco Silva, «pela condenação enérgica e imediata dos ataques e pelo apoio manifestado».
Pastéis de Belém e vinho do Porto
José Ramos-Horta disse também estar «de muito bom humor» e ao seu homólogo português manda informar que receberia com agrado em Darwin «alguns pastéis de Belém e um bom vinho do Porto».
O Presidente timorense, gravemente ferido no ataque à sua residência em Díli pelo grupo do major Alfredo Reinado, foi submetido a várias intervenções cirúrgicas e esteve mais de uma semana em coma induzido no Hospital Real de Darwin, para onde foi evacuado poucas horas após ter sido atingido.
Hoje, segundo João Carrascalão, José Ramos-Horta «já comeu alimentos sólidos, comida normal, pela sua própria mão e está a recuperar muito depressa».
A investigação aos ataques contra José Ramos-Horta e Xanana Gusmão está em curso através da Procuradoria-geral da República, do Departamento de Investigações Nacionais da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste e de uma comissão de inquérito interna com elementos das Forças Armadas e da secretaria de Estado da Defesa.
Timor: Ramos-Horta agradece a Portugal
- Portugal Diário
- Pedro Rosa Mendes, da Agência Lusa
- 23 fev 2008, 15:12
Chefe de Estado quer «saber tudo» sobre os atentados
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