Uma distracção do analista judiciário brasileiro João Marcelo Calaça, de 37 anos, salvou-lhe a vida. A ele e a um amigo. Ambos tinham tudo pronto para viajar no voo 477 da Air France, esta segunda-feira. Mas, duas horas antes do check-in, João reparou que tinha o passaporte caducado. Não pode viajar e, por isso, o amigo também ficou em terra.
«Foi um erro bobo meu que salvou a minha vida e do meu amigo também. Eu poderia ter insistido para embarcar, mas ao mesmo tempo pensei «se está errado, é porque não devo viajar neste momento». Estranho falar isso agora, mas eu não estava com uma boa intuição», lembrou João Marcelo Calaça, em declarações ao jornal «O Globo».
O jurista está a fazer um mestrado em Espanha. A viagem seria de férias, mas também para resolver questões burocráticas sobre o curso. As férias passariam também por Lisboa.
João Marcelo conta que se levantou tarde, esta segunda-feira. Tinha 25 chamadas não atendidas. Mal ligou a televisão, diz que sentiu «um calafrio com as informações ao vivo sobre o acidente».
«Acho que a ficha ainda não caiu. É difícil explicar os meus sentimentos. É uma mistura de alegria por estar bem e, mais que isso, vivo. Mas, ao mesmo tempo, lamento pelas pessoas que embarcaram e pelas famílias que buscam respostas», disse ainda o brasileiro.
O avião da Air France desapareceu, depois de comunicar uma situação de curto-circuito. Tinha 228 pessoas a bordo.
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Voo 447: distracção salvou duas vidas
- Redação
- MM
- 1 jun 2009, 17:16
![Aeroporto Charles De Gaulle, em Paris](https://img.iol.pt/image/id/13140078/1024.jpg)
Brasileiro reparou, duas horas antes, que tinha o passaporte caducado. Por causa disso, nem ele nem o amigo embarcaram
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