Olimpíadas prejudicam direitos humanos na China - TVI

Olimpíadas prejudicam direitos humanos na China

  • Portugal Diário
  • HB
  • 2 abr 2008, 12:50
Chama olímpica chegou à China (Foto EPA)

Acusação é feita pela Amnistia Internacional. Pequim fala em preconceito

Relacionados
O respeito pelos direitos humanos na China tem-se deteriorado devido à realização dos Jogos Olímpicos em Pequim, no próximo Verão, de acordo com a organização não-governamental (ONG) Amnistia Internacional.

Esta ONG refere que a preocupação com a imagem do país tem motivado uma perseguição maior dos dissidentes do regime. O objectivo é que no próximo mês de Agosto a China seja apresentada como um país estável e harmonioso.

A Amnistia Internacional apelou ao Comité Olímpico e aos líderes mundiais que se pronunciem contra estes alegados abusos, assim como contra a repressão no Tibete.

Segundo a BBC, um relatório da organização sedeada em Londres afirma que a organização das olimpíadas em Pequim falhou como eventual potenciador de reformas na China.

«É cada vez mais claro que muito do que tem acontecido na corrente onda de repressão está a ocorrer não apesar dos Jogos Olímpicos mas por causa dos Jogos Olímpicos», aponta a Amnistia Internacional.

Além de activistas e dissidentes, a China tem também na mira os jornalistas, locais e estrangeiros, a quem impede de trabalhar livremente no território, aponta a ONG.

China defende-se

Antes da publicação deste relatório, a China disse que as tentativas de pressão por parte da organização humanitária, devido aos Jogos Olímpicos, iriam falhar.

«A organização é preconceituosa em relação à China, por isso podem imaginar que tipo de relatório vai divulgar», disse o porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Jiang Yu.

Sobre o Tibete, um representante do ministro da Segurança Pública disse que separatistas da região estavam a planear ataques suicidas. O Dalai Lama foi novamente responsabilizado pela instabilidade.

De acordo com as autoridades chinesas, os tumultos que abalaram o Tibete nas últimas semanas provocaram a morte de 18 civis e dois polícias. Já o governo tibetano no exílio faz subir estes números até às 140 vítimas.



A confirmação destes dados não tem sido possível, depois de Pequim ter impedido a presença de jornalistas estrangeiros nas regiões mais sensíveis.
Continue a ler esta notícia

Relacionados