Síria: inspetores da ONU atacados em Damasco - TVI

Síria: inspetores da ONU atacados em Damasco

Carro foi atingido a tiro, mas delegação conseguiu deslocar-se ao bairro onde terá ocorrido o ataque com armas químicas para recolher amostras

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Atualizado às 15:42

O grupo de inspetores da ONU, autorizado a visitar o local onde ocorreu o alegado atentado químico, na última quarta-feira, nos arredores de Damasco, Síria, foi atacado por «atiradores furtivos». No entanto, a missão apenas acabou adiada algumas horas.

Segundo a agência Reuters, o grupo de inspetores já está em Mouadamiya, o bairro no subúrbio de Damasco atingido pelo alegado ataque químico. Um médico, que trabalha na zona controlada pelos rebeldes, diz que os inspetores já estão a falar com médicos e sobreviventes do ataque e a retirar amostras. Abu Karam falou com a Reuters através do seu telemóvel.

Tiros em zona de segurança

Um dos carros, da comitiva da ONU, dirigia-se para os arredores da capital Síria, quando o primeiro veículo foi atingido «deliberadamente» com diversos tiros, confirmou fonte das Nações Unidas. A comitiva acabou por desistir de prosseguir viagem, durante algumas horas, e os inspetores regressaram ao hotel onde estavam instalados.

Governo acusa rebeldes do ataque aos inspetores da ONU

«O primeiro veículo da equipa de investigadores foi deliberadamente alvejado, várias vezes, por atiradores não identificados que se encontravam na zona de segurança», disse Martin Nesirky, porta-voz das Nações Unidas que adiantou, também, que «não há feridos».

A mesma fonte deixou, ainda, um apelo a todas as partes: «É preciso que todos colaborem para que missão possa ser cumprida em segurança».

A televisão estatal da Síria divulgou que os inspetores foram «atacados por terroristas».

«Os elementos da equipa das Nações Unidas foram atingidos a tiro por grupos de terroristas armados na zona de Moadmiyat al Cham», Sudoeste de Damasco, indicou a televisão oficial.

A televisão, que citava um responsável sírio que falava sob anonimato, disse ainda que os «serviços de segurança escoltavam os inspetores» no momento do ataque.
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