100 peritos sobre sida morreram no voo MH17 - TVI

100 peritos sobre sida morreram no voo MH17

Iam participar na 20ª Conferência Internacional sobre Sida, em Melbourne, na Austrália

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Cerca de 100 dos 283 passageiros que seguiam no voo MH17, no Boeing 777 da Malaysia Airlines que se despenhou quinta-feira, na região leste da Ucrânia, junto à fronteira com a Rússia, iam participar na 20ª Conferência Internacional sobre sida, em Melbourne, na Austrália, revela a imprensa local.

Eram investigadores, profissionais de saúde, ativistas e especialistas na área. O holandês Joep Lange, um investigador de topo e antigo presidente da International AIDS Society, estava a bordo, por exemplo. Esta organização já divulgou um comunicado onde expressa «a sua tristeza e oferece as condolências às famílias das vítimas desta tragédia».

Também Michel Sidibé, diretor da UNAIDS, o programa das Nações Unidas que se dedica a ajudar no combate à Sida, recorreu ao twitter para expressar o que sentia:





Os conhecimentos e a influência dos especialistas que seguiam a bordo do voo MH17 e perderam a vida faz, por exemplo, Brian Owler, presidente da Associação Médica da Austrália, temer um «impasse» nos avanços na luta contra a Sida.

«A quantidade de conhecimento que aquelas pessoas levavam consigo e as experiências que tinham desenvolvido... isto vai ter uma grande impacto na investigação», afirmou em tom de desabafo à revista «Time».

«O tempo que demora a chegarmos ao patamar em que aquelas pessoas estavam não se cria num curto espaço de tempo. Por isso, acredito que vai haver um passo atrás na procura da cura e prevenção da doença», concluiu.

Mas não eram só cientistas e investigadores, entre as vítimas mortais está também Glenn Thomas, um britânico de 49 anos de idade, que nos últimos dez trabalhou na Organização Mundial de Saúde (OMS), como porta-voz e lidava de perto com os jornalistas. Ele próprio trabalhou na BBC durante vários anos.

Gregory Hartl, outro dos porta-vozes da OMS, a agência de saúde na tutela das Nações Unidas, confirmou que Glenn ia participar na conferência, escreve a AP. «Vai ser lembrado pelos eu riso fácil e pela sua paixão pela saúde pública», afirmou.

A própria OMS, confirmou a informação através da sua conta de twitter, mas muitos procuram despedir-se e prestar uma última homenagem a Glenn nas redes sociais.







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