“Se o governo francês não for sério no combate contra o terrorismo, não vamos perder tempo e colaborar com um país, governo ou instituição, que apoie o terrorismo."
O líder da Síria sublinha que só ajudará os franceses se François Hollande mudar as suas políticas na região. Assad quer, portanto, que França deixe de apoiar a oposição síria que se insurge contra o poder de Damasco e as forças do governo num conflito interno que perdura desde 2011.
Palavras que surgem depois de, numa entrevista à agência de notícias Sana, no sábado, Assad ter comparado os ataques em Paris ao que o seu povo tem vivido nos últimos cinco anos, devido ao conflito interno. Nessa mesma entrevista, o presidente da Síria culpou as políticas dos estados ocidentais e, particularmente, as de França pela expansão do terrorismo no Médio Oriente.“Primeiro têm que mudar de políticas, para fazerem parte de uma aliança que junte países que só combatem o terrorismo e não que o apoiem."
À Valeurs Actuelles, Assad repetiu a ideia de que está pronto para integrar uma coligação internacional que combata, contra o terrorismo.
O governo francês apelou, na sequência dos atentados que provocaram 129 mortos, a uma aliança global contra o Estado Islâmico. Os jihadistas controlam uma vasta área da Síria, onde, de resto têm a sua capital, Raqqa.
França tem efetuado intensos bombardeamentos contra as posições dos rebeldes e, esta terça-feira, pediu ajuda militar à União Europeia. Um pedido que foi aceite por unanimidade.