Paquistão: Al-Qaeda nega ter assassinado Bhutto

O governo paquistanês responsabilizou a Al-Qaeda pela morte da líder da oposição Benazir Bhutto, mas um porta-voz do presumível líder do grupo no Paquistão, Baitullah Mehsud, negou o envolvimento no atentado de quinta-feira. «Nós não atacamos mulheres», garantiu.

«É uma conspiração do governo, do exército e dos serviços de informação paquistaneses», disse o porta-voz Maulvi Omar, falando em nome de Mehsud, que disse não ter qualquer envolvimento com o incidente que vitimou fatalmente a antiga primeira-ministra.

«As tribos têm os seus próprios costumes e nós não atacamos mulheres», assegurou em declarações à AFP Omar, cujo grupo se centra de forma especial na região tribal do Vaziristão, junto à fronteira com o Afeganistão.

O elemento do grupo disse ainda que a notícia da morte de Bhutto foi recebida com «tristeza» dizendo ser impossível para os elementos islamistas ultrapassar o cordão de segurança que rodeava a candidata da oposição paquistanesa às eleições de 8 de Janeiro.

O executivo paquistanês disse esta sexta-feira ter «provas irrefutáveis»de que a Al-Qaeda é responsável pelo ataque e que está a tentar desestabilizar o país.

Foi ainda defendido pelo governo que a política morreu devido uma pancada com a cabeça no carro onde seguia. Porém, esta versão foi desmentida por um porta-voz de Bhutto que garante que esta foi atingida por, pelo menos, uma bala.