As autoridades egípcias detiveram cerca de cinco centenas de manifestantes durante os protestos dos últimos dois dias. De acordo com a agência Reuters, estes dados foram avançados por uma fonte do Ministério do Interior do país.
Os manifestantes têm pedido a saída do poder do presidente Hosni Mubarak, no cargo desde 1981, não apenas no Cairo, a capital do país, mas em várias outras cidades.
O governo havia avisado que quem se manifestasse seria detido. Mas mesmo assim milhares de pessoas saíram às ruas, exigindo, além do fim do regime liderado por Mubarak, a melhoria das condições de vida, afectada pelo elevado desemprego e pela inflação.
Esta quarta-feira, o primeiro-ministro, Ahmed Nazif, disse estar disposto a permitir a liberdade de expressão. «O governo está empenhado em garantir a liberdade de expressão por meios legítimos», disse Nazif, citado pela agência noticiosa estatal egípcia Mena. Contudo, nas ruas a polícia continua a reprimir os protestos.
O ministério do Interior referiu que pelo menos quatro pessoas morreram nos confrontos entre polícia a manifestantes esta terça-feira. Um tratava-se de um polícia, do Cairo, e outros três eram pessoas que se manifestavam na cidade de Suez. Pelo menos 102 agentes das forças de segurança ficaram feridos.
As redes sociais como o Facebook e o Twitter têm servido para os manifestantes se organizarem, tal como acontece na Tunísia, onde a chamada revolução de Jasmim, ainda em curso, levou à fuga do presidente Ben Ali. E algumas delas, assim como blogues, foram alvo de
censura
, algo que o governo nega.
As autoridades egípcias temem que haja uma tentativa de mimetizar os acontecimentos tunisinos no país.
Detidos cerca de 500 manifestantes no Egipto
- Redação
- 26 jan 2011, 16:26
Ao segundo dia dos protestos, a população continua a pedir o fim do regime de Hosni Mubarak
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