Desertor norte-coreano atingido por colegas durante fuga cinematográfica - TVI

Desertor norte-coreano atingido por colegas durante fuga cinematográfica

O militar estava na zona desmilitarizada, na fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. Foi atingido com pelo menos sete tiros e está em estado crítico

Um soldado norte-coreano tentou fugir, esta segunda-feira, em direção à Coreia do Sul. Quando estava já na zona desmilitarizada, na fronteira entre os dois países, foi atingido por colegas. De acordo com fontes governamentais da Coreia do Sul, o homem está em estado crítico, respira com ajuda de máquinas, mas os médicos estão esperançosos na sua sobrevivência.

De acordo com o Governo sul-coreano, o militar desertor tentou fugir de carro, mas quando o veículo perdeu uma roda, prosseguiu a pé. Foi nessa altura que quatro militares norte-coreanos atiraram sobre ele. Foram disparados mais de 40 tiros contra o homem.

O desertor foi submetido a uma cirurgia, onde lhe foram removidas cinco balas. Duas permanecem no corpo.

Até hoje de manhã, ele não tinha consciência e não conseguia respirar sozinho, mas a sua vida pode ser Salva”, disse Suh Wook, diretor-chefe de operações dos funcionários da Coreia do Sul.

De acordo com Lee Cook-jong, o cirurgião encarregue do caso, o desertor sofreu uma lesão crítica no intestino.
 

O soldado chegou a uma estrutura sul-coreana numa área de segurança conjunta na zona desmilitarizada entre as duas Coreias. Militares sul-coreanos e norte-americanos tiveram de esperar que cessassem os tiros vindos da Coreia do Norte e rastejaram para o resgatar, de acordo com um comunicado do Comando das Nações Unidas.

De acordo com as informações disponíveis, o desertor não estava armado. São, para já, desconhecidas as intenções da fuga.

O ministro de Defesa sul-coreano, Song Young-moo, diz que foi a primeira vez que soldados norte-coreanos atiraram contra o lado da área de segurança conjunta sul-coreana. Houve quem pedisse uma resposta do Exército sul-coreano, mas o porta-voz do Ministério de Defesa, Moon Sang-gyun, lembra que as operações militares no local são conduzidas pelo Comando das Nações Unidas, que está, por sua vez, sob ordens dos militares dos EUA.

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