Iraque: Turquia diz que matou 170 guerrilheiros

A chefia das Forças Armadas turcas declarou hoje que 150 a 175 rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) «foram eliminados» no norte do Iraque durante incursões aéreas do exército turco.



As autoridades militares referiram que estes números não incluem membros do movimento separatista que tenham morrido em refúgios da montanha.



Segundo as mesmas fontes, numerosos guerrilheiros feridos foram transportados para os hospitais de Erbil, Raniyah, Kaladiza e Choman, cidades do norte iraquiano.



Aviões turcos voltaram hoje a bombardear a região autónoma do Curdistão no norte do Iraque, a partir da qual operam rebeldes separatistas curdos, mas um responsável deste movimento afirmara hoje de manhã não ter havido vítimas.



Os bombardeamentos ocorreram às 12:30 locais (09:30 em Lisboa) na região de Al-Amadiyah (extremo nordeste iraquiano, perto da fronteira com a Turquia) e duraram cerca de dez minutos, segundo este responsável das forças de segurança curdas do Iraque.



As incursões aéreas visavam as aldeias de Rikan, Shezi e Samjuhu, segundo a mesma fonte.



A aviação turca lançou no passado dia 16, segundo fonte militar em Ancara, centenas de bombas sobre o maciço de Qandil, uma região muito escarpada do Curdistão iraquiano onde estão 3.500 rebeldes do PKK, que utilizam a região para a partir dali lançar ataques contra a Turquia.



Antes destes bombardeamentos, a aviação turca lançara outros ataques aéreos contra a mesma região do norte do Iraque em 22 de Outubro, após a morte de 12 soldados governamentais num ataque terrestre de combatentes curdos perto da fronteira iraquiana.



O PKK, um movimento separatista que iniciou em 1984 uma rebelião armada contra o poder central turco, é considerado como grupo terrorista pela Turquia, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.