Saiba quem é Joe Biden, o novo braço-direito de Obama - TVI

Saiba quem é Joe Biden, o novo braço-direito de Obama

Os «ticket» democrata para a Casa Branca

Respeitado pelas suas qualidades na política internacional

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Barack Obama fez uma das escolhas mais complicadas da sua vida política: escolher o nome que o vai acompanhar no boletim de voto democrata de candidatura à Casa Branca. Joe Biden, o experiente senador que foi um dos candidatos nas primárias do partido, caminhará agora ao seu lado como número dois.

Joe Biden é o vice-presidente de Obama

Será a resposta ideal às críticas de falta de experiência no campo internacional, dado que Biden é precisamente respeitado, acima de tudo, pela sua experiência na política externa, sendo até o presidente do Comité de Relações Exteriores do Senado. Foi nesse cargo que viajou por todo o mundo e cobriu as principais zonas de conflito, como o Iraque, Sudão e Geórgia. Aliás, há uma semana estava precisamente em Tbilissi, a convite do presidente Mikhail Saakashvili.

Joseph Biden, um altivo senhor de cabelos brancos, católico e com 65 anos, é filho de um vendedor de automóveis. Iniciou-se na política nos anos 70, depois de ter perdido a sua primeira esposa e a filha num acidente de viação, em Dezembro de 1972, causado por um homem embriagado. Nasceu na Pensilvânia, mas destacou-se no estado vizinho de Delaware.

Foi candidato à liderança democrata por duas vezes, em 1988 e 2008, mas nunca conseguiu estar verdadeiramente na luta. A sua credibilidade, porém, mantém-se intacta. Curiosamente, este ano manteve alguma discordância activa com Obama, criticando-o por inexperiência. Uma acusação similar à do republicano John McCain e que agora cai por terra.

Tropas no Iraque

O curioso é que Joe Biden até esteve ao lado dos republicanos numa das questões mais sensíveis: o envio de tropas para o Iraque. Foi um dos que votou a favor de George W. Bush no pedido de autorização para invadir o Iraque.

As fragilidades não deixam de existir, apesar do respeito vigente. Segundo a agência EFE, leva no seu currículo uma falha moral grave, pois em 1987 plagiou parte do seu discurso durante as primárias democratas.

Em 1988 sofreu dois aneurismas, mas recuperou e regressou ao Senado com menos cabelos e mais brancos. Continua a dar aulas de direito em Delaware e não prescinde da sua casa, pelo que mantém a rotina de viajar de comboio todos os dias desde a sua cidade, Wilmington, até Washington, durante uma hora e meia.
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