Congo: «execuções, violações, torturas e escravidão sexual» - TVI

Congo: «execuções, violações, torturas e escravidão sexual»

Vítimas dos confrontos na RDCongo

Relatório da ONU mostra que as violações dos direitos do homem no país se têm multiplicado

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As violações dos direitos do homem têm-se multiplicado no Este da República Democrática do Congo (RDC), onde os civis são maltratados tanto pelas forças governamentais como pelas milícias armadas, referiu um novo relatório da ONU.

Durante os últimos cinco meses, «elementos das FARDC (Forças Armadas da RDC, exército regular) e da polícia nacional foram responsáveis por sérias violações dos direitos do homem: execuções arbitrárias, violações, torturas e tratamentos cruéis, desumanos e degradantes», afirmou o relatório do secretário-geral, Ban Ki-moon, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

«Grupos armados congoleses e estrangeiros perpetraram igualmente sérias violações permanecendo impunes», prosseguiu.

O documento cita o CNDP (Congresso Nacional para a Defesa do Povo de Laurent Nkunda), o Pareco (Patriotas resistentes congoleses), as milícias pró-governamentais Mai-Mai, as FDLR (Forças Democráticas de Liberação do Ruanda, que integra antigos participantes no genocídio ruandês de 1994) e o LRA (Exército de Resistência do Senhor, grupo ugandês conhecido pelas suas exacções contra as crianças).

Estas violações compreendem «homicídios múltiplos, torturas, sequestros, recrutamentos forçados de crianças, deslocações forçadas, destruições de refúgios, trabalhos forçados e escravidão sexual», precisou o documento.

O relatório estima em mais de 250.000 o número de pessoas deslocadas pelos combates desde que estes foram retomados, em Agosto.
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