Tsipras acusa Portugal e Espanha de formarem «eixo» anti-grego - TVI

Tsipras acusa Portugal e Espanha de formarem «eixo» anti-grego

Tsipras aludiu de forma particular a Espanha, onde o partido anti-austeridade Podemos tem subido muito nas sondagens.

Relacionados
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, acusou este sábado Portugal e Espanha de formarem um «eixo contra Atenas» que tentou «derrubar o governo do Syriza» e fazer fracassar as negociações com o Eurogrupo sobre a dívida grega.

«Deparámo-nos com um eixo de poderes, liderado pelos governos de Espanha e de Portugal que, por motivos políticos óbvios, tentou levar a Grécia para o abismo durante todas as negociações», disse Tsipras numa reunião do comité central do seu partido, citado pela agência espanhola Europa Press.

«O seu plano era e é desgastar-nos, derrubar o nosso governo e levá-lo a uma rendição incondicional antes que o nosso trabalho comece a dar frutos e antes que o exemplo da Grécia afete outros países, principalmente antes das eleições em Espanha», previstas para o final deste ano, acrescentou.

Numa entrevista publicada este sábado no jornal «Expresso», o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, afirma que Portugal esteve «alinhado com todos os outros 17 países da zona euro» e diz que «pode ter havido politicamente a intenção de criar» a ideia de que Portugal teria sido um dos países mais exigentes com Atenas, «mas ela não é verdadeira».

De acordo com Tsipras, o plano do ex-primeiro-ministro conservador Antonis Samaras e do Partido Popular Europeu (PPE) - a família política europeia a que pertencem os partidos da coligação de governo em Portugal (PSD e CDS-PP) e o partido de governo em Espanha (PP) - era provocar um desgaste prematuro no governo Syriza.

«Tentaram empurrar-nos para concessões inaceitáveis, sob a ameaça de um colapso», para semear a deceção na população e nas bases do Syriza, disse Tsipras, citado pela agência EFE.

O objetivo, afirmou, era fazer fracassar o governo grego ou, pelo menos, levar à formação de um executivo “de duvidosa legitimidade moral e política”, como o governo dirigido pelo tecnocrata Lukas Papademos, que liderou a Grécia interinamente após a demissão do social-democrata Georges Papandreou em 2011.
Continue a ler esta notícia

Relacionados