«Estamos dispostos a estender a mão a Cuba»

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, previu segunda-feira na Costa Rica que «na próxima década terá de haver alterações nas relações entre os Estados Unidos e Cuba», refere a Lusa.

«Estamos dispostos a estender a mão» à ilha, disse Biden numa conferência de imprensa durante uma visita oficial à Costa Rica, salientando, contudo, ser pouco provável um levantamento total do embargo económico que os Estados Unidos impõem desde Fevereiro de 1962.

«Talvez façamos algo menos que levantar o embargo, mas há um compromisso firme, que é a democracia e os direitos humanos: vemo-lo como um processo», disse o vice-presidente norte-americano que no passado sábado afastou durante a Cimeira de Líderes Progressistas realizada no Chile a possibilidade de acabar com o embargo.

As alterações na política norte-americana para com Cuba, precisou, poderão aumentar «à medida que emergirem a democracia e os direitos humanos» na ilha.

«Entretanto, confio que haja coisas que possamos fazer, medidas para elaborar um processo», acrescentou.

O vice-presidente norte-americano reconheceu que o tema das relações entre o seu país e Cuba foi tratado superficialmente durante o encontro com os presidente centro-americanos.

Joe Biden chegou domingo a San José para reunir-se segunda-feira com os presidentes da Costa Rica, Óscar Árias, da Guatemala, Álvaro Cilom, do Panamá, Martin Torrijos, e de El Salvador, Antonio Saca, assim como o primeiro-ministro de Belize, Dean Barrow.

Estiveram também presentes no encontro o vice-presidente hondurenho, Aristides Mejia, o vice-chanceler da Nicarágua, Manuel Coronel, e o presidente eleito de El Salvador, Mauricio Funes.