O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, disse esta sexta-feira que é necessário evitar que a situação na península da Coreia se torne "irreversível", apelando ao diálogo, noticia a Reuters.
Wang falava em conferência de imprensa conjunta com o homólogo francês, Jean-Marc Ayrault. As preocupações aumentam com a probabilidade de a Coreia do Norte fazer outro este nuclear este sábado, o sexto, ou mais lançamentos de misseis, desafiando as sanções impostas pela Nações Unidas e os avisos dos Estados Unidos de qua a paciência tinha acabado.
Donald Trump já telefonou ao presidente chinês e voltou a pedir a Pequim que aumente a pressão sobre o regime da Coreia do Norte.
Mas o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês advertiu que quem provocar uma guerra na península coreana "deverá assumir as suas responsabilidades históricas e pagar o preço".
Se houver uma guerra, o resultado será uma situação em que todos perdem e ninguém sairá vencedor", afirmou ainda Wang.
Também esta sexta-feira, em entrevista exclusiva à Associated Press, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano disse que a situação na península coreana está num “círculo vicioso” e que os comentários “agressivos” do presidente dos EUA no Twitter estão “a causar problemas”.
Han Song Ryol reforçou que que não é a Coreia do Norte, mas sim os Estados Unidos e o presidente Donald Trump que estão "a causar problemas".
Trump está sempre a fazer provocações com as suas palavras agressivas (...) Não é a Coreia do Norte, são os Estados Unidos e Trump que estão a causar problemas", disse.
Entretanto, o porta-voz do governo afegão confirmou no Twitter que o país tinha sido informado do bombardeamento realizado pelos forças norte-americanas no leste do país e está neste momento a avaliar os danos.
A Reuters, citando o ministro da Defesa do Afeganistão, noticia que o ataque dos Estados Unidos, esta quinta-feira, fez, pelo menos 36 mortos suspeitos de serem militantes do Estado Islâmico. Mas os militares norte-americanos garantem que houve qualquer vítima entre os civis.
Os Estados Unidos lançaram, pela primeira vez em combate, a gigantesca bomba GBU-43, o engenho explosivo não-nuclear de maiores dimensões do arsenal norte-americano. O ataque surge na mesma altura em que Donald Trump enviou para Cabul uma delegação de alto nível face à incerteza sobre os 9.000 militares que estão no Afeganistão.
Rússia apela à diplomacia e contenção
Na reação, o Kremlin disse esta sexta-feira ser favorável aos métodos diplomáticos na resoluções de todas as crises, incluindo a da península da Coreia, com a tensão crescente entre Washington e Pyongyang sobre o programa de energia nuclear da Coreia do Norte.
Pedimos contenção a todos países e apelamos para que se contenham de quaisquer atos que possam soar a provocação", disse o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov,em conferência de imprensa.