O Senado dos Estados Unidos confirmou quarta-feira à noite a nomeação do almirante na reserva Dennis Blair, escolhido pelo presidente Barack Obama para dirigir os serviços secretos norte-americanos (DNI), escreve a Lusa.
Dennis Blair rejeitou o uso da tortura bem como as escutas efectuadas sem mandato, duas práticas atribuídas aos serviços secretos durante a administração do anterior presidente George W. Bush.
Chefe de secreta americana revela como travou Indonésia em Timor
O almirante fez estas afirmações na quinta-feira passada aquando da sua audição perante a Comissão Senatorial dos serviços secretos, que validou a sua nomeação. «A tortura é ilegal, imoral, e ineficaz», declarou.
O Manual do exército de Terra norte-americano, que proíbe a tortura, «será revisto para passar a ser ao mesmo tempo um manual para os militares e para a comunidade dos serviços secretos», precisou.
Em nome da guerra contra o terrorismo, lançada após o 11 de Setembro de 2001, pelo presidente norte-americano George W. Bush, a CIA, principal agência norte-americana de serviços secretos supervisionada pelo DNI, reconheceu ter recorrido à simulação de afogamento, uma prática geralmente considerada como tortura.
Contudo, o almirante Blair recusou dizer que se a simulação de afogamento é considerada tortura para não expôr os agentes da informação que utilizaram essa prática, autorizada pelas mais altas autoridades norte-americanas, a processos judiciais.
«Não tenho a intenção de reabrir os processos destes agentes», afirmou.
![EUA: serviços secretos já têm líder - TVI EUA: serviços secretos já têm líder - TVI](https://img.iol.pt/image/id/9792277/400.jpg)
EUA: serviços secretos já têm líder
- Redação
- PP
- 29 jan 2009, 07:10
![Internacional](https://img.iol.pt/image/id/9792277/1024.jpg)
Senado confirmou a nomeação do almirante na reserva Dennis Blair
Continue a ler esta notícia