Mali: 12 soldados mortos em confrontos com islamistas - TVI

Mali: 12 soldados mortos em confrontos com islamistas

Mais militares franceses chegaram a Bamako. Primeiras tropas prometidas pelas nações africanas podem chegar ainda este domingo

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O presidente interino do Mali, Dioncounda Traoré, confirmou a morte de 11 soldados malianos e de um francês nos combates contra islamitas, que causaram ainda cerca de 60 feridos, numa declaração transmitida pela televisão pública.

«Saúdo a coragem dos nossos homens que lutam bravamente. Onze desses heróis inscreveram em letras de ouro o seu nome na história milenar do Mali. Eles morreram no campo de batalha em Konna», realçou Traoré, na declaração que foi lida na ORTM pelo secretário-geral da presidência maliana, Ousmane Sy.

«Estamos também preocupados com cerca de 60 feridos a quem desejamos uma rápida recuperação», aditou, fazendo referência ainda à morte de um jovem soldado francês que «perdeu a vida nas operações». «Ele morreu pelo Mali, ele morreu pela França», realçou.

Até ao momento, não foi divulgado qualquer balanço por parte dos islamitas, apesar de, no sábado à noite, o exército maliano ter dado conta da morte de cerca de uma centena de islamitas e de testemunhas terem relatado a existência de dezenas de cadáveres em Konna, no centro do país.

É nesta cidade e nos seus arredores que os confrontos opuseram esta semana o exército maliano aos extremistas armados, que afirmaram ter avançado do Norte para o Sul, sob o controlo das forças governamentais.

Os militares malianos receberam, na sexta-feira, o apoio das forças francesas, sobretudo a nível aéreo, tendo conseguido recuperar Konna, que tinha sido tomada, na véspera, pelos islamitas.

«Quero informar-vos que a situação na frente de combate está agora sob controlo. O exército maliano, com o apoio do nosso parceiro francês, está a infligir pesadas perdas ao inimigo», refere a mesma declaração de Dioncounda Traoré, citada pela agência AFP.

Os combates «continuarão até à vitória final de definitiva», «inevitável porque o Mali tem o direito do seu lado». «Os seus amigos estão ao seu lado e o seu exército, novamente mobilizado, está prestes a defender aquela porção de terra do seu território nacional», frisou.

Militares franceses chegaram, este sábado, a Bamako oriundos da Costa do Marfim e do Chade, afirmou uma fonte militar maliana, à agência francesa AFP.

A mesma fonte indicou que está a prevista a chegada de mais militares, mas sem facultar dados sobre o calendário.

Estes soldados pertencem a um grupo de intervenção tática destacado em África, referiu, recusando dar pormenores sobre o número de efetivos que chegaram, as suas missões ou sobre o local para onde serão enviados.

No sábado à noite, a televisão pública ORTM transmitiu imagens da chegada de militares franceses, que foram recebidos no aeroporto militar de Bamako-Sénou, na periferia da capital, por vários responsáveis militares malianos, incluindo o chefe de Estado-Maior adjunto do Exército e pelo embaixador de França no Mali, Christian Rouyer.

As primeiras tropas prometidas pelas nações africanas podem chegar ainda este domingo ao Mali, devendo juntar-se às forças locais, apoiadas por França, as quais conseguiram travar o avanço dos islamitas.

Burkina Faso, Niger e Senegal prometeram o envio de 500 soldados cada, no âmbito do compromisso assumido para o destacamento de uma força de intervenção africana.
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