WikiLeaks: Reino Unido treinou «esquadrão da morte» no Bangladesh - TVI

WikiLeaks: Reino Unido treinou «esquadrão da morte» no Bangladesh

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Batalhão de Acção Rápida é acusado de centenas de assassinatos extra-judiciais

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Uma força para-militar do Bangladesh, considerada «um esquadrão da morte governamental» por diversas organizações de defesa dos direitos humanos, recebeu treino do Reino Unido. A revelação é feita pelo jornal «The Guardian», com base nos telegramas diplomáticos norte-americanos que lhe foram entregues pelo site WikiLeaks.

O jornal londrino refere que o treino em «técnicas de interrogatório» e «regras de empenhamento» do Batalhão de Acção Rápida (RAB, na sigla inglesa) por parte de elementos britânicos consta em vários telegramas.

O «The Guardian» salienta que esta força foi criada há seis anos e que algumas organizações lhe imputam a responsabilidade de mais de um milhar de mortes. Estes casos, salienta a publicação, são descritas eufemísticamente como casos de «fogo cruzado». O director do RAB admitiu em Março deste ano que foram mortas nestas circunstâncias 622 pessoas.

Além destes casos, esta força é ainda acusada de torturar, assim como da prática de raptos e extorsão.

Num dos telegramas do embaixador dos EUA em Dhaka, James Moriarty, é salientado, porém, o «respeito e admiração» que o RAB goza no país, em parte devido ao medo da população em relação à falta de segurança e à sua deterioração na última década.

Num outro telegrama , publicado pelo «The Guardian», o embaixador cita responsáveis britânicos que dizem ter «treinado o RAB durante 18 meses em áreas como técnicas de interrogatório de investigação e regras de empenhamento».

Entre as organizações não-governamentais (ONG) que condenam o RAB estão a Human Rights Watch e a Amnistia Internacional.
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