Mauritânia: detidos «ajudantes» de homicidas - TVI

Mauritânia: detidos «ajudantes» de homicidas

  • Portugal Diário
  • 8 jan 2008, 00:15

Nove pessoas terão ajudado alegados membros da al-Qaeda que mataram turistas franceses

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As autoridades prenderam nove pessoas, incluindo um homem condenado por ligações ao terrorismo, por suspeita de ajudarem assaltantes armados que assaltaram e mataram quatro elementos de uma família francesa o mês passado, disseram esta segunda-feira fontes judiciais.

A morte dos quatro turistas franceses, entre os quais dois menores, e a falta de segurança levaram ao cancelamento, sexta-feira, da edição 2008 do rali todo-o-terreno Lisboa-Dacar. Segundo a organização, o governo francês «desaconselhou fortemente» os cidadãos franceses, incluindo os presentes no rali, a permanecerem na Mauritânia.

Testemunhas disseram que três homens assaltaram e atacaram a tiro cinco turistas franceses que efectuavam um piquenique à beira da estrada em Aleg, cerca de 250 quilómetros a Leste da capital, Nouakchott. O único sobrevivente, o pai, foi transportado para um hospital em França.

Os atacantes estão ainda a monte e o Senegal e o Mali que têm fronteira com a Mauritânia uniram-se no que se tornou uma caça ao homem internacional. A Mauritânia responsabilizou uma célula terrorista adormecida ligada à al-Qaeda pelas mortes dos turistas franceses mas nenhum grupo reivindicou, por ora, a responsabilidade.

As autoridades mauritanas, entretanto, detiveram nove pessoas - incluindo um motorista de táxi, o proprietário de um bote, um vendedor de carros e duas mulheres - por suspeita de ajudarem o grupo armado.

Os nove suspeitos, que ainda não foram formalmente acusados de qualquer crime, compareceram domingo perante o juiz Mohamed Mahmoud Ould Tiyib, que ordenou a sua detenção por mais 48 horas «para completar a investigação e ouvir uma vez mais as suas explicações», disse.

A polícia disse que o principal suspeito entre os nove é Moustapha Uld Abdel Kader, aliás Abu Said, que foi condenado por actividades terroristas e por ligações à al-Qaeda no Norte de África, uma célula com sede na Argélia responsável por ataques naquele país. Passou mais de um ano na prisão antes de ser condenado em Julho, a um ano de prisão e mais dois de pena suspensa.
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