Notícia atualizada às 11:58
Uma cidadã portuguesa foi esta manhã raptada na Matola, cidade satélite de Maputo, capital de Moçambique, por três homens armados, disse à Lusa uma fonte da comunidade.
O rapto ocorreu no interior da empresa onde a portuguesa exerce funções de gestora financeira, adiantou a mesma fonte.
Este é o segundo rapto conhecido envolvendo cidadãos portugueses, de uma onda de sequestros que começou em 2011 e que tem visado setores abastados da sociedade moçambicana.
As autoridades portuguesas estão a acompanhar o caso, que já foi reportado à polícia moçambicana, disse à Lusa o cônsul geral de Portugal em Maputo, Gonçalo Teles Gomes.
Os familiares da vítima já foram informados do sucedido, adiantou.
Desde então, disse à Lusa o secretário de Estado José Cesário, o executivo português «tem mantido contactos permanentes com o Governo moçambicano» através da embaixada em Maputo e do cônsul geral, «no sentido de haver toda a atenção» em relação a estes casos.
Sobre o rapto da cidadã ocorrido hoje, José Cesário afirmou que o Governo está «a acompanhar» a situação e têm ocorrido «contactos entre membros» dos governos dos dois países.
¿Continuamos a transmitir ao Governo moçambicano toda a preocupação relativamente ao bem-estar e à segurança de cidadãos portugueses que estão em Moçambique¿, disse o secretário de Estado das Comunidades.
Admitindo que notícias como esta criem «algumas preocupações» entre a comunidade, José Cesário reiterou os apelos para que os emigrantes «tenham cautela e cuidado».
No entanto, sublinhou, «as pessoas que conhecem Moçambique sabem que, de um modo geral, os riscos são extremamente reduzidos».
O governante salientou que «há sempre riscos em qualquer país do mundo, isto acontece em Moçambique como acontece em qualquer sítio, como a Venezuela, Brasil ou África do Sul».
De acordo com dados oficiais do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), estão inscritos cerca de 32 mil portugueses nos consulados-gerais de Maputo e da Beira, dos quais perto de 10 mil são expatriados.
No final da semana passada, o MNE, através da secretaria de Estado das Comunidades, emitiu um alerta a recomendar aos viajantes que tenham «a maior cautela nas deslocações», devido à «particular incidência de raptos» em Maputo.
Os portugueses são aconselhados a «não frequentar locais isolados, evitar as rotinas, incluindo não efetuar diariamente os mesmos percursos, não exibir bens com valor monetário significativo e manter sempre a família ou pessoas de confiança informadas sobre as deslocações».
A onda de sequestros começou em 2011 e tem visado setores abastados da sociedade moçambicana.
O cônsul geral de Portugal em Maputo, Gonçalo Teles Gomes, disse à Lusa que os familiares da vítima já foram informados do sucedido, adiantou.
A identidade da vítima e a identificação da empresa não foram divulgados.
Portuguesa raptada por três homens armados em Moçambique
- Redação
- PO
- 5 nov 2013, 10:28
Rapto ocorreu no interior da empresa onde a portuguesa exerce funções de gestora financeira
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