Terrorista da ETA sai em liberdade vinte anos depois - TVI

Terrorista da ETA sai em liberdade vinte anos depois

Terrorista Jose Ignacio de Juana Chaos sai em liberdade

José Ignacio de Juana Chaos tinha sido condenado a três mil anos de prisão

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Um líder da organização terrorista basca ETA, José Ignacio de Juana Chaos, condenado a três mil anos de prisão pelo assassínio de 25 pessoas, saiu hoje da cadeia após cumprir 21 anos de pena, informa a agência Lusa.

Juana Chaos, 53 anos, um dos etarras mais sanguinários da história da ETA, saiu da cadeia de Aranjuez (Madrid) este sábado às 7h26 locais (6h26 em Lisboa). Dois advogados do recluso, acompanhados pela mulher do terrorista, Irati Aranzabal, foram recolhê-lo à porta da cadeia.

Embora Juana Chaos tenha iniciado uma greve de fome em 16 de Julho, saiu da prisão pelos seus próprios pés e sem aparentar sinais de deterioração física.

A Guarda Civil espanhola montou um forte dispositivo de segurança em redor da prisão por altura da saída do terrorista, para precaver contra eventuais incidentes.

A sua libertação foi marcada em Espanha por controvérsia. Condenado a três mil anos de prisão por 25 assassínios, apenas cumpriu 21 anos em reclusão devido a um encurtamento de pena por estar a cursar estudos universitários.

A casa onde provavelmente vai viver fica em San Sebastian (País Basco espanhol) e no mesmo prédio onde reside a viúva de um militar assassinado pela ETA. No mesmo bairro vivem várias vítimas do terrorismo e pessoas que já foram alvo de ameaças da organização terrorista.

Também em França

Nathalie Ménigon, dirigente da extinta organização terrorista de extrema esquerda Acção Directa condenada a cadeia perpétua, saiu hoje em liberdade condicional da prisão de Seysses, Toulouse (sul da França) após passar mais de 20 anos na prisão.

Ménigon abandonou o centro penitenciário num automóvel acompanhada por três outras pessoas que a foram buscar e não fez declarações aos jornalistas que aguardavam a sua saída.

A militante da Acção Directa estava internada no estabelecimento prisional de Seysses há um ano, após ter-lhe sido concedido o terceiro grau penitenciário, ao abrigo do qual podia sair da prisão de segunda-feira a sexta-feira para trabalhar num centro de readaptação e voltar à penitenciária à noite e nos fins de semana.

Ménigon tem saúde débil devido a problemas cardiovasculares. Em liberdade condicional por um período de cinco anos, embora já não tenha que voltar à prisão, terá que avisar a Justiça cada vez que sair do município de Alto Garona, com capital em Toulouse, ou se mudar de domicílio durante mais de 15 dias.

Deverá também abster-se de falar dos factos pelos quais foi condenada, tanto nos meios de comunicação social como em qualquer intervenção pública.

Foi duas vezes condenada a prisão perpétua em 1989 e 1994, tal como os restantes líderes da Acção Directa, Jean-Marc Rouillan, Georges Cipriani e Joelle Aubron, esta falecida em 2006.

A justiça considerou-os responsáveis pelo assassínio em 1986 do presidente da fábrica de automóveis Renault, Georges Besse, e um ano depois pela morte de René Audran, um dos responsáveis máximos pelos armamentos de França.

A Acção Directa foi um movimento terrorista de inspiração marxista-leninista que surgiu em 1979 e que manteve relacionamentos com outras organizações do mesmo tipo, como a Fracção do Exército Vermelho alemã e as Fracções das Forças Armadas Revolucionárias Libanesas (FARL).
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