3500 crianças vítimas de maus tratos

Mais de 20 mil crianças morrem anualmente nos países da OCDE, 3500 das quais vítimas de maus-tratos, segundo um relatório da Unicef que se debruça sobre o bem-estar das crianças e dos jovens, refere a Lusa.

Espanha, Grécia, Itália, Irlanda e Noruega tem as mais baixas taxas de mortalidade infantil por maus-tratos. Os factores de risco mais associados aos abusos e negligência de crianças são a pobreza, o stress, a toxicodependência e o alcoolismo dos pais.

No capítulo dedicado à segurança e saúde infantil, os quatro países nórdicos (Suécia, Islândia, Finlândia, e Dinamarca) e a Holanda ocupam os cinco primeiros lugares.

Taxas de pobreza infantil

Nove países do norte da Europa registaram um decréscimo das taxas de pobreza infantil relativa abaixo dos 10 por cento, enquanto três países do sul da Europa (Portugal, Espanha e Itália) registam uma taxa acima dos 15 por cento, assim como os países anglófonos (EUA, Reino Unido e Irlanda).

Relativamente ao bem-estar educativo, a Bélgica e o Canadá lideram a tabela, enquanto quatro países do Sul europeu - Grécia, Itália, Espanha e Portugal - ocupam os quatro lugares do fim da tabela.

Cerca de 80 por cento das crianças nos países abrangidos por este estudo vivem com ambos os pais. A percentagem de crianças cujos pais dedicam tempo para «conversar com os filhos» varia entre cerca de 90 por cento na Hungria e Itália até menos de 50 por cento no Canadá e na Alemanha.

Menos de 15 por cento dos jovens afirmaram ter-se embriagado em duas ou mais ocasiões. Na Holanda o número sobe para mais de um quarto e no Reino Unido para perto de um terço. A prevalência de bullying oscila, com cerca de 15 por cento das crianças reportando terem sido vítimas na Suécia e na República Checa e mais de 40 por cento na Suíça, Áustria e Portugal.

A percentagem de jovens que afirmam ter fumado cigarros pelos menos uma vez por semana varia de 6 por cento na Grécia a 16 por cento na Alemanha. Quanto ao uso de cannabis, a percentagem apresenta variações ainda mais acentuadas, desde menos de 5 por cento na Grécia e na Suécia a mais de 35 por cento no Reino Unido, Suíça e Canadá.