Angola fustigada por fortes chuvas

As províncias de Huila e do Cunene, no sul de Angola, estão a ser fustigadas por violentas chuvas, situação que contrasta com a prolongada seca dos últimos meses, refere a Lusa.

Em Huila, segundo relatos da imprensa local, as abruptas chuvadas das últimas duas semanas já provocaram dezenas de desalojados. No Cunene, já há localidades isoladas devido à forte subida do caudal do rio Cuvango.

Este cenário contrasta com a extensa seca que assolou o sul de Angola, nomeadamente nas províncias de Huila, Cunene, Namibe, Benguela, Huambo e Kwanza Sul.

Apesar das chuvas terem regressado em algumas zonas, milhares de famílias afectadas pela seca, à beira de uma profunda carência alimentar, continuam a aguardar uma resposta em ajuda nutricional por parte das autoridades angolanas.

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Actualmente o caso mais complicado, devido às cheias, ocorre no município do Cuvelai, a cerca de 170 quilómetros da capital do Cunene, Ondjiva, localidade que está isolada devido à enchente do rio Cuvango e de várias pequenas ribeiras.

Segundo Moisés Hinhenenua, o administrador municipal adjunto de Kwanhama, em Cunene, citado pela Angop, o corte da estrada entre as localidades de Evale e Nehone, que faz a ligação à capital, Ondjiva, deveu-se à inundação provocada pelo rio Cuvango e à inexistência de pontes.

Para solucionar o problema, o autarca anunciou que vai ter início em breve o processo de reabilitação da estrada entre Ondjiva e Cuvelai.

A protecção civil e as autoridades provinciais estão a criar condições para albergar as famílias que foram desalojadas pela intempérie.

O governador provincial, Pedro Mutindi, e a Comissão de Protecção Civil do Cunene estiveram reunidos de emergência nas últimas horas para analisas a situação.