«Este é o tempo em que a Birmânia necessita de ajuda» - TVI

«Este é o tempo em que a Birmânia necessita de ajuda»

Aung San Suu Kyi apelou à luta pela democracia no país que não chama de Myanmar, o nome que os militares lhe deram

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A prémio Nobel da Paz birmanesa, Aung San Suu Kyi, que deixou este sábado a prisão domiciliária a que foi sujeita pela Junta Militar que governa Myanmar, discursou este domingo perante milhares de apoiantes, a quem lançou um apelo à luta pela democracia no país.

«Têm de se mobilizar pelo que é correcto», disse, salientando estar disposta a dialogar com «outra forças democráticas do país». «Por favor não percam a esperança», pediu à multidão, solicitando ainda: «Digam-nos o que pensam, o que vai nas vossas mentes».

Mas, para a Nobel da Paz, a conquista dos direitos e liberdades não pode ser conseguida de qualquer forma. «Se queremos alcançar aquilo que pretendemos, temos de fazê-lo da forma correcta.

Aung San Suu Kyi disse ainda queestá disposta a dialogar com a comunidade internacional, de forma a aliviar as sanções económicas sobre o regime militar. «Este é o tempo em que a Birmânia necessita de ajuda», disse, usando o antigo nome do país, que foi alterado pelos militares em 1989 para Myanmar.

Apesar de ter passado os últimos sete anos em prisão domiciliária, e ter estado privada de liberdade durante 15 anos nos últimos 21, Suu Kyi disse ter sido bem tratada.

«Não tenho qualquer ressentimento em relação às pessoas que me mantiveram em prisão domiciliária. Os agentes de segurança trataram-me bem. Quero pedir-lhes [à Junta Militar] que também tratem bem as pessoas», apontou.

Suu Kyi revelou ainda que durante o tempo em que esteve privada de liberdade ocupava cinca a seis horas por dia a ouvir rádio. Tudo para se manter informada acerca dos destinos da nação que quer ver entrar no grupo das democracias.
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