Dois casais norte-americanos que recorreram à fertilização in vitro descobriram, três meses depois do parto, que afinal os bebés tinham sido trocados à nascença. O caso aconteceu no início de 2020, agora, os dois casais vão pôr a clínica de fertilidade em tribunal.
Daphna Cardinale e o seu marido, Alexander, sempre suspeitaram de que a criança que diziam ser sua filha não lhes pertencia, devido a um tom de pele ligeiramente mais escuro. No entanto, quando os médicos lhe deram a bebé, qualquer dúvida foi posta de parte e o que se seguiu foram três meses de muita felicidade.
Mas tudo acabaria por ser posto em causa quando, três meses depois, os médicos da clínica de fertilidade a que recorreram lhes deram uma notícia que não estava preparada para ouvir: aquela não era a sua filha.
Fui completamente dominada por sentimentos de medo, traição, raiva e desgosto. Fui privada da capacidade de carregar a minha própria filha. Nunca tive a oportunidade de crescer e de me relacionar com ela durante a gravidez, ou de a sentir a dar pontapés na barriga”, contou Daphna durante a conferência de imprensa em que anunciaram que iam pôr a clínica em tribunal.
As bebés, ambas do sexo feminino, nasceram com uma semana de diferença em 2019. Ambos os casais educaram as bebés durante quase três meses até testes de ADN confirmarem que os embriões tinham sido trocados. As bebés acabariam por ser devolvidas às suas famílias biológicas no início de janeiro de 2020.
Daphna revelou ainda que “o momento mais difícil” da sua vida foi ter de revelar à sua filha mais velha, de sete anos, que a sua irmã, afinal não era a sua verdadeira irmã. Porém, garante que os dois casais passaram a fazer um esforço para não perder o contacto.