Relatório aponta 91 escalas de voos da CIA em aeroportos portugueses - TVI

Relatório aponta 91 escalas de voos da CIA em aeroportos portugueses

Organização internacional diz que Portugal colaborou na campanha de tortura

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A organização «Open Justice Society», inclui Portugal no conjunto de nações responsáveis no rapto, detenção e tortura de 136 pessoas.

A argumentação baseia-se no facto do Governo português ter permitido que CIA utilizasse o espaço aéreo nacional para transportar suspeitos de terrorismo.

O país é agora denunciado como sendo um dos 54 estados que participaram na campanha global de tortura. Foi colaborante nos programas da secreta americana na luta contra o terrorismo. Segundo a organização «Open Justice Society», Portugal foi cúmplice de raptos, detenções e torturas.

O filme «Zero dark thirty» mostra locais secretos da CIA, situados em parte incerta. Prisões clandestinas por onde imediatamente a seguir aos atentados do 11 de setembro passou a caça a Bin laden, feita, também, através da recolha de informação arrancada à força a dezenas de suspeitos de pertencerem à al Qaeda, violando os direitos humanos.

Ao contrário do Reino Unido, Alemanha ou Suécia, em Portugal, afirma o relatório divulgado esta terça-feira, não existiram centros de detenção.

A participação do país na rede global de luta contra o terrorismo aconteceu porque foi dada autorização para o uso do espaço aéreo nacional no transporte de suspeitos, no âmbito do programa designado por rendição extraordinária.

O relatório fala em 91 escalas de voos da CIA por aeroportos portugueses, entre 2001 e 2006. Estávamos em plena administração Bush.

Um dia depois do juramento, a 21 de janeiro de 2009, no seu primeiro ato na Casa Branca, Barack Obama assinou uma ordem executiva proibindo a prática da tortura e por extensão ordenou o encerramento das prisões clandestinas da CIA em vários países do mundo. No entanto, o programa, objeto de denúncia internacional, nunca foi oficialmente abandonado, alerta a organização que denuncia aquilo que chama de «globalização da tortura».
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