Natascha fala sobre rapto na TV - TVI

Natascha fala sobre rapto na TV

  • Portugal Diário
  • 2 set 2006, 22:50
Natascha Kampusch (Fotomontagem)

Pela primeira vez, a jovem irá explicar o que passou nos oitos anos de cativeiro. Depois de mais 300 pedidos de entrevista, Natascha irá surgir no grande ecrã durante vinte minutos

Natascha Kampusch será entrevistada na próxima semana na televisão austríaca. Pela primeira vez, a jovem vai aparecer no grande ecrã, depois de oito anos de cativeiro num pequeno calabouço construído pelo seu sequestrador, Wolfgang Priklopil, de quem escapou num momento de distracção.

Segundo a Agência espanhola EFE, durante 20 minutos, Natascha, agora com 18 anos, explicará diante das câmaras da emissora pública de televisão «ORF» os momentos de sofrimentos vividos durante os 3096 dias em que esteve raptada.

Os jornais locais contam hoje que, desde que fugiu, Natascha ficou sob os cuidados de uma equipa de psiquiatras num lugar secreto em Viena e sempre afastada da imprensa, que lhe fez mais de 300 pedidos de entrevistas.

Para acabar com o assédio dos media, a jovem, aconselhada por especialistas, optou por conceder uma entrevista sobre os anos de cativeiro.

Depois da entrevista, que «não durará muito mais de 20 minutos» - segundo o assessor de imprensa de Natascha, Dietmar Ecker -, a televisão austríaca venderá os direitos de exibição à imprensa internacional.

Entre os pormenores divulgados nos últimos dias sobre a fuga de Natascha, destaca-se o de um homem de 26 anos, que ligou para o raptor, Priklopil, sobre o arrendamento de um apartamento na sua propriedade.

O engenheiro de telecomunicações de 44 anos, que se suicidou no dia em que Natascha fugiu, afastou-se do seu automóvel, enquanto a vítima aspirava, para poder ouvir melhor a conversa.

Foi nesse preciso momento que a jovem aproveitou para fugir. Natascha escondeu-se na casa de uma vizinha que chamou imediatamente a polícia.

Durante anos, o desaparecimento de Natascha tornou-se na operação policial mais completa e longa da história da Áustria. Por mais de oito anos, as forças de segurança seguiram pistas sem nunca descobrirem o paradeiro da menina, que estava, afinal, a poucos quilometros de sua casa, no bairro Florisdorf, na periferia de Viena.
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