O irmão de Muhaydin, Mohamed, disse ao The Telegraph que o irmão tinha emigrado da Somália e chegado ao Reino Unido com 12 anos. Mais tarde começou a ter “más companhias” e terá desenvolvido um distúrbio mental depois de consumir canábis. De acordo com o seu depoimento, Muhaydin “foi diagnosticado e tratado por um médico, por sofrer de paranoia, em 2007”.
Recentemente o irmão terá estado a trabalhar como condutor da Uber e, em agosto deste ano, a sua saúde mental terá começado a deteriorar-se de novo.
“Ficou um pouco maluco, dizia coisas estranhas. Expliquei à família a situação, tentámos arranjar ajuda, tentámos ligar às autoridades locais. Eles disseram que não podiam ajudá-lo, porque não era um perigo para as outras pessoas nem para si próprio. Tentámos dizer-lhes ‘este homem tem problemas mentais’”.
Segundo Mohamed, a família tinha planeado que voltasse para a Somália e tinha até comprado bilhetes para Muhaydin embarcar este domingo.
A polícia tentou defender-se do comunicado do irmão do suspeito, alegando que as autoridades agiram da forma correta.
“Não houve menção de radicalização. A conversação esteve inteiramente relacionada com questões de saúde mental e a família foi, portanto, corretamente remetida para os serviços de saúde para obter ajuda”.
O autor do ataque foi submetido a testes psiquiátricos, este fim de semana, e está agora a aguardar sentença.
As autoridades dizem que Muhaydin Mire tinha estado a ver material ligado à guerra na Síria e a “atos terroristas por todo o mundo” no telemóvel, antes de esfaquear três pessoas no metro.