A pequena Fatemeh Reshad tem defeitos congénitos no coração e, segundo os especialistas, só irá sobreviver se for operada com urgência. O tio da bebé de quatro meses, Samad Taghizadeh, vive nos Estados Unidos e tem cidadania norte-americana. Conseguiu que a menina fosse seguida no hospital de Portland, mas a família, de origem iraniana, foi impedida de viajar para os Estados Unidos, devido à ordem executiva de Donald Trump.
Como a ordem foi suspensa por um juiz, a bebé já está no país à espera da cirurgia que lhe pode salvar a vida, escreve a Associated Press. A família estava no Dubai, à espera do visa de turista para embarcar rumo aos Estados Unidos, quando foi surpreendida pelas autoridades e obrigada a regressar ao Irão.
Laurie Armsby, responsável pelo departamento pediátrico de cardiologia, já veio dizer “que a menina está bem”, mas que os exames já realizados “confirmaram o diagnóstico e a necessidade de uma intervenção urgente”.
Na verdade, a bebé teve direito a uma autorização especial para ser tratada nos Estados Unidos, na mesma altura em que foi suspensa a ordem executiva de Trump. Um senador democrata de Oregon, Jeff Merkley, o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo e os advogados que têm apoiado os imigrantes impedidos de entrar no país, foram determinantes no avanço do processo.
Amber Murray, o advogado que representa a família, explicou à Associated Press que “no Irão há uma hipótese de sucesso da cirurgia de 20 a 30%, enquanto nos Estados Unidos o valor chega aos 97%”
Entretanto, o próprio hospital emitiu um comunicado a pedido da família da bebé, que agradeceu a ajuda e o apoio de todos os que tentaram resolver a questão rapidamente e tornar a viajem possível. A família dedicou um especial agradecimento ao senador do Oregon e ao governador de Nova Iorque. O caso da menina foi mesmo usado no Parlamento do Oregon para condenar a ordem executiva de Trump.