Fundador do Wikileaks diz que foi alertado para «armadilhas sexuais»

O fundador do site Wikileaks, Julian Assange, que esteve durante 12 horas sob ordem de busca e captura pela suposta violação de uma mulher e a agressão a outra na Suécia, disse este domingo que já tinha sido alertado para a possibilidade de «armadilhas sexuais», informa a EFE.

«Não sei quem se esconde por trás disso, mas avisaram-nos que, por exemplo, o Pentágono, usaria golpes baixos para nos destruir», afirma Assange em entrevista ao jornal sueco «Aftonbladet», a quem disse que «orientaram-me para ficar em alerta em relação a armadilhas sexuais».

O Wikileaks ganhou fama há algumas semanas pela publicação de documentos secretos dos Estados Unidos, principalmente sobre a guerra do Afeganistão.

Neste sábado, na Suécia, durante quase 12 horas, Assange esteve sob ordem de busca e captura pela suposta violação de uma mulher e agressão a outra, mas ao final do dia foram retiradas as acusações.

No domingo, o fundador do Wikileaks anunciou que os seus advogados estudam apresentar várias queixas, uma delas contra o jornal «Expresse», o primeiro que divulgou a notícia na edição electrónica, com grande foto de Assange e a confirmação da promotora responsável.

Assange estava na Suécia há alguns dias, participando em conferências, após aceitar a oferta do Partido Pirata local, que se propôs a hospedar vários servidores do Wikileaks, perante a perseguição sofrida por parte das autoridades dos Estados Unidos.