Rio de Janeiro: 11 mortos em operações da polícia

Uma operação da Polícia Militar realizada na noite desta terça-feira em vários locais do Rio de Janeiro, em resposta à onda de criminalidade na cidade, provocou 11 mortes e levou à detenção de 14 pessoas, revelou uma fonte da polícia citada pelo «Estadão».

O Rio de Janeiro vive, desde a semana passada, uma onda de violência e de ataques que já levaram o comandante geral da Polícia Militar (PM), Mário Sérgio Duarte, a decretar estado de alerta máximo, tendo sido mobilizadas todas a unidades para patrulhar as ruas da cidade.

A onde de violência começou nas zonas suburbanas mais pobres do Rio de Janeiro, tendo-se estendido a ataques a edifícios governamentais, em forma de protesto contra as políticas governamentais para acabar com o crime organizado, divulgaram as mesmas fontes policiais.

A operação especial levada a cabo na noite de ontem nas favelas foi, segundo a PM, uma acção preventiva contra o grupo de delinquentes responsáveis por estes ataques, tendo resultado na morte de 11 pessoas por balas da polícia.

Oito das vítimas mortais foram atingidas foram na zona suburbana de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, onde também foram apreendidos um fuzil AR15, três pistolas 9mm, uma pistola 380, uma espingarda calibre 12, uma pistola 40, uma submetralhadora calibre 9mm e três mochilas com drogas.

Outras três mortes ocorreram na comunidade «Faz Quem Quer», em Rocha Miranda, e outro suspeito morreu no Morro do «Tuiuti», em São Cristovão, a norte carioca. Foram também apreendidas quatro pistolas e um revolver.

No complexo do Alemão, três inocentes foram atingidos.

Desde 2008, 13 favelas que se encontravam sob o domínio de narcotraficantes são patrulhadas pela chamada «polícia conciliadora», com o objectivo de melhorar a situação no Rio de Janeiro em vésperas de eventos internacionais, como o Mundial Futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016.

As autoridades da cidade atribuíram a onda de violência a uma reacção de grupos de narcotraficantes que foram expulsos pela Polícia das favelas que controlavam